Disputou-se ontem o primeiro clássico da temporada, que teve no seu desfecho o FC Porto como vencedor. Polémica à parte, como já veremos, o Porto conquistou no Dragão uma vitória moralizadora que dará mais alento para o embate importantíssimo que se avizinha: falo obviamente do jogo contra o Atlético de Madrid, referente à segunda jornada da Champions League
Vamos por partes: o golo madrugador de Falcao, a meu ver o melhor reforço do Porto a par de Varela, foi também enganador, pois deixava antever um bom espetáculo de futebol de parte a parte, o que acabou por não ser bem o caso. O tradicional losango de Paulo Bento sempre se revelou muito eficaz em jogos contra Jesualdo Ferreira e a partida de ontem não foi excepção. Mesmo quando eventualmente ficaram reduzidos a dez elementos, com o consequente sacrifício de Matias Fernandez para a entrada de Tonel, a equipa do Sporting continuou a controlar a maioria das operações do terreno de jogo, especialmente no último quarto de hora, fruto de um meio campo portista que está fraco este ano, com Meireles a milhas do que foi nos anos anteriores e com o fantasma de Lucho e pesar, e bem, na equipa. Tirando isso, o quarteto defensivo esteve em bom plano, com especial destaque para Fucile, que esteve sublime, e o ataque também não ficou muito atrás com Hulk definitivamente a enterrar a exibição que rubricou em Braga, aproveitando e abusando das debilidades das laterais do Sporting, tema já aqui abordado no “Olhar sobre o Sporting”. Não fosse a inexistência em campo de um segundo extremo do Porto, uma vez que Mariano esteve péssimo, não me lembro mais do que um par de passes e dribbles bem-feitos em 70 minutos em campo, e o penálti falhado, pois a equipa não soube ultrapassar os efeitos nefastos causados pela defesa de Rui Patricio, e o Porto podia calmamente ter caminhado para um terceiro golo. Resumindo, não foi um jogo brilhante, nem o foi a exibição do Porto, mas chegou e sobrou para os 3 pontos, que são sempre complicados ante o Sporting.
Vamos por partes: o golo madrugador de Falcao, a meu ver o melhor reforço do Porto a par de Varela, foi também enganador, pois deixava antever um bom espetáculo de futebol de parte a parte, o que acabou por não ser bem o caso. O tradicional losango de Paulo Bento sempre se revelou muito eficaz em jogos contra Jesualdo Ferreira e a partida de ontem não foi excepção. Mesmo quando eventualmente ficaram reduzidos a dez elementos, com o consequente sacrifício de Matias Fernandez para a entrada de Tonel, a equipa do Sporting continuou a controlar a maioria das operações do terreno de jogo, especialmente no último quarto de hora, fruto de um meio campo portista que está fraco este ano, com Meireles a milhas do que foi nos anos anteriores e com o fantasma de Lucho e pesar, e bem, na equipa. Tirando isso, o quarteto defensivo esteve em bom plano, com especial destaque para Fucile, que esteve sublime, e o ataque também não ficou muito atrás com Hulk definitivamente a enterrar a exibição que rubricou em Braga, aproveitando e abusando das debilidades das laterais do Sporting, tema já aqui abordado no “Olhar sobre o Sporting”. Não fosse a inexistência em campo de um segundo extremo do Porto, uma vez que Mariano esteve péssimo, não me lembro mais do que um par de passes e dribbles bem-feitos em 70 minutos em campo, e o penálti falhado, pois a equipa não soube ultrapassar os efeitos nefastos causados pela defesa de Rui Patricio, e o Porto podia calmamente ter caminhado para um terceiro golo. Resumindo, não foi um jogo brilhante, nem o foi a exibição do Porto, mas chegou e sobrou para os 3 pontos, que são sempre complicados ante o Sporting.
Quanto à arbitragem, o primeiro erro surgiu muito antes do apito inicial: a nomeação de Duarte Gomes era desnecessária e perfeitamente evitável depois dos incidentes que surgiram entre este e vários elementos do Sporting. Nomeação feita para desviar atenções de outros casos que pudessem acontecer nesta mesma jornada? Talvez. O que me parece é que Vítor Pereira é um incompetente. E o espelho máximo dessa “qualidade” é quando diz que os árbitros portugueses são fortes mentalmente. O senhor Duarte Gomes deixou bem visível que pelo menos ele não o é.
Na próxima quarta-feira mais um jogo da Liga dos Campeões, contra uma equipa que anda pelas ruas da amargura este ano: encontra-se em lugares alheios na liga espanhola fazendo companhia ao Xerez e ao surpreendente (pela negativa) Villarreal nos lugares de despromoção, consequência de ter apenas 3 pontos em 5 jogos, todos conquistados com empates, e duas goleadas humilhantes pelo meio, frente ao Málaga de Duda e ao Barcelona. Um Porto em máxima força conseguiria derrotar facilmente este Atlético de Madrid. Porém, com Fernando castigado, ele que é dos poucos que se vai safando naquele meio campo, e com Varela e Rodriguez lesionados, o que implica nova titularidade de Mariano, veremos como se saem os Dragões contra os colchões (não resisti ao trocadilho).
Por fim, duas breves notas. A primeira: posso estar a aderir a teorias de conspiração, mas após uma análise cuidada ao calendário do Porto esta época, dou voz a muitos ecos que têm surgido: o calendário do Porto esta época foi escolhido a dedo para os jogos mais complicados surgirem todos entrelaçados neste início/meio de época. Recebi com desconfiança as “regras” utilizados pela FPF no sorteio deste ano, mas agora entendo.
A segunda: nada a que os adeptos do Porto já não estejam habituados, mas as capas com que A Bola e Record nos brindaram hoje deram destaque a goleada do Benfica ante um mediano Leixões ao invés da vitória do Porto sobre o Sporting, um clássico do futebol português que teve interesse tanto para portistas e sportinguistas como para benfiquistas, que de certo acompanharam o jogo com curiosidade, como é normal os portistas acompanharem o Sporting x Benfica e os sportinguistas o Porto x Benfica. Reparem que o Benfica espetou 5 a uma equipa á qual o Porto já tinha espetado 4, contudo esse jogo não teve destaque de relevo na comunicação social. Imaginemos agora que o Porto, nesse jogo contra o Leixões, não tinha metade da equipa cansada pelos encontros da selecção, não tinha um jogo de extrema importância frente ao Chelsea dois dias a seguir e para cumulo jogava contra 10 desde o minuto 27’ e contra 9 desde o minuto 54’. Será que então, quando na segunda parte já tivéssemos marcado mais dois ou três além dos quatro que já tínhamos marcado na primeira parte, davam destaque a vitória do Porto? Penso que não. Viva a imparcialidade!
A segunda: nada a que os adeptos do Porto já não estejam habituados, mas as capas com que A Bola e Record nos brindaram hoje deram destaque a goleada do Benfica ante um mediano Leixões ao invés da vitória do Porto sobre o Sporting, um clássico do futebol português que teve interesse tanto para portistas e sportinguistas como para benfiquistas, que de certo acompanharam o jogo com curiosidade, como é normal os portistas acompanharem o Sporting x Benfica e os sportinguistas o Porto x Benfica. Reparem que o Benfica espetou 5 a uma equipa á qual o Porto já tinha espetado 4, contudo esse jogo não teve destaque de relevo na comunicação social. Imaginemos agora que o Porto, nesse jogo contra o Leixões, não tinha metade da equipa cansada pelos encontros da selecção, não tinha um jogo de extrema importância frente ao Chelsea dois dias a seguir e para cumulo jogava contra 10 desde o minuto 27’ e contra 9 desde o minuto 54’. Será que então, quando na segunda parte já tivéssemos marcado mais dois ou três além dos quatro que já tínhamos marcado na primeira parte, davam destaque a vitória do Porto? Penso que não. Viva a imparcialidade!
Texto de Francisco Carvalho para o Negócios do Futebol
4 comentários:
Ah, já me perguntava por onde andavam as crónicas do Francisco Carvalho. Contudo só agora percebi que é adepto do Porto. Fico com pena :P.
Quanto a ultima parte... De facto a comunicação é tudo menos imparcial. Mas já se sabe, o Benfica é o ganha pão dos jornais desportivos.
O nosso cronista Francisco Carvalho passará a escrever semanalmente sobre o Futebol Clube do Porto, enquanto que teremos um novo cronista a abranger temáticas mais abrangentes do mundo futebolístico. Brevemente saberão quem será.
Cumprimentos
Boas.
Eu nao sei se veem as capas dos jornais so pela internet, mas pelo menos aqui no norte a ediçao de imprensa o destaque na capa eh para o classico... e as primeiras paginas(acho que isso sera tanto no norte como no sul) sao todas sobre o classico...
É verdade que o Atlético anda mal. A jogar no Dragão o Porto tem que ganhar.