"Onze contra onze e no fim ganha a Alemanha"
Portugal entrou da pior maneira no Europeu 2012. A selecção nacional perdeu esta noite frente à Alemanha, habitual vencedor nos confrontos entre as duas nações. Hoje não foi diferente. Um jogo jogado a ritmo moderado, com bastante desconfiança no adversário, mas que contou ainda com alguns bons pormenores de ambas as formações.
Havia quem dissesse - desses não faltavam - que Portugal ia ser completamente "cilindrado" pelos alemães, tal é a sua habilidade para derrotar os portugueses, mas também devido à sua qualidade, nomeadamente no que ao ataque diz respeito. Com várias figuras como Mesut Ozil, Bastian "Schewain" e Mário Gomez, a selecção alemã é uma das principais selecções a nível mundial e uma das mais difíceis de enfrentar. No entanto, fez um jogo de nível médio frente à equipas das "quinas", que nada mais fez do que se por "a jeito".
Portugal defendeu até quando pode. Até ao golo da Alemanha, portanto. E quem o marcou? Mario Gomez, pois claro. Um golo que já havia sido ameaçado há muito, porém, a segurança demonstrada por Rui Patrício e a boa exibição da dupla de centrais portugueses impediram que tal acontecesse mais cedo. O golo chegou à volta do minuto ´70 e deitou por terra as aspirações lusitanas.
Ainda assim, foi precisamente depois de sofrer o golo que começamos a demonstrar um pouco daquilo que podemos ser. Melhor, que somos. Uma selecção que conta com vários jogadores de qualidade - uns convocados, outros não - e que não precisa de puxar muito a "corda" para dar espectáculo. Mas que sente, e não é pouco, a falta de um "nº10". Falta um Rui Costa, falta um Deco. Falta imaginação, último passe, mais criatividade. Mais do que o próprio "mágico" em falta, sentimos duramente a ausência de um jogador capaz de finalizar com eficácia as jogadas criadas no nosso meio campo ofensivo. É desesperante ter extremos da qualidade de Cristiano Ronaldo, Nani e até Ricardo Quaresma, para depois olharmos para o eixo do ataque e vermos que, das opções disponíveis, o único a quem se pode dar um pouco de crédito é Hélder Postiga.
Portugal jogou para o empate. E já reza a história que "quem joga para o empate, mais depressa perde". No fundo, foi o que acabou por acontecer, deixando todos os portugueses tristes e cabisbaixos pela fraca prestação que se adivinha neste Europeu, por parte de Portugal.
No outro jogo do Grupo B, a Dinamarca surpreendeu tudo e todos e venceu a Holanda por 1-0, liderando por isso o grupo de Portugal, a par da Alemanha.