Chelsea sagra-se campeão europeu

 Roman Abramovich entrou no Chelsea em 2003, enterrou muitos milhões no clube para contratar os melhores jogadores e treinadores com o objectivo de transformar os londrinos numa força dominante do futebol europeu. Passaram por lá José Mourinho e André Villas-Boas, mas foi com um interino no banco, Roberto Di Matteo, que o Chelsea conseguiu o seu primeiro título europeu da história, ao bater o Bayern Munique no Allianz Arena, nos penáltis, após 1-1 ao fim de 120 minutos.

Depois de ter resistido ao Benfica e ao Barcelona, o Chelsea também resistiu aos bávaros. E, desta vez, ganhou — e também ganharam os portugueses Raul Meireles, Bosingwa (o único que jogou) Paulo Ferreira, Hilário e Villas-Boas, despedido a meio da eliminatória com o Nápoles —, depois de ter perdido nos penáltis com o Manchester United na final de 2008.

O Chelsea não se desviou nem um bocadinho do plano que já tinha dado frutos em outras ocasiões. Di Matteo voltou a assumir que a sua equipa era inferior ao Bayern e jogou quase sempre na expectativa. Meteu todas as fichas num estilo super-defensivo, esperando que alguma distracção do adversário permitisse um contra-ataque.

Foi o Bayern a dar os primeiros sinais de perigo. Aos 21’, Robben surge na área dos londrinos, ultrapassa Cahill e faz o remate que Cech defende com dificuldade, desviando a bola para o poste. Muller também não consegue acertar com a baliza aos 35’ e Gomez, aos 42’, atira por cima quando tinha tudo para fazer o golo.

Aos 53’, os bávaros festejam o golo, só que Ribéry estava ligeiramente adiantado quando recebe a bola.Mas aos 83’, tudo parecia resolver-se a favor dos homens da casa. Um excelente cruzamento de Ribéry encontra Muller na área, que aproveita uma falha de marcação para furar a resistência do Chelsea e colocar o Bayern a caminho do seu quinto título. O Chelsea chegou ao empate aos 88’, com um cabeceamento de Drogba após canto cobrado por Mata, o primeiro dos londrinos no jogo. No prolongamento, o herói Drogba quase que era o vilão ao fazer falta sobre Ribéry na sua área, mas Cech defendeu um penálti marcado por Robben.

Vieram então os penáltis. Pelo Bayern falharam dois, Olic e Schweinsteiger, pelo Chelsea só Mata não acertou. E, nada mais poético, foi ter sido Drogba a marcar o último penálti.