Porto vence Académica em provas de natação

 

O FC Porto levou de vencida, ontem à noite, a Académica com um golo solitário de Silvestre Varela. Dragões e Estudantes tiveram de actuar num campo mais do que ensopado e a sorte de ganhar acabou por sorrir ao FC Porto, já no final da primeira parte.

No onze da Académica não havia surpresas, com Jorge Costa a fazer alinhar os onze que tantas alegrias lhe têm dado esta temporada, exceptuando a entrada de Laionel para a equipa. Quanto ao Porto, os mesmos do costume, Belluschi e Sapunaru de regresso aos titulares. A primeira parte foi essencialmente jogada no meio-campo. A primeira oportunidade do encontro pertenceria mesmo aos estudantes, com Hélton a ter de se aplicar. Ao meio, Belluschi demonstrava que a técnica, para os mais dotados, era independente do piso. O argentino executava pormenores de grande classe e foi o primeiro a entender que conduzindo a bola pelo ar os resultados seriam mais benéficos. Ainda assim, ficava a clara ideia de que apenas um erro ou um lance de bola parada poderia surtir efeito naquele tipo de jogo. Aos 20 minutos de jogo, contrariedade para os azuis-e-brancos, Fernando caiu no relvado com queixas na virilha, outro dos problemas de actuar num relvado "aquático". Freddy Guarín entrou para o seu lugar. Uma substituição que acabaria por se revelar acertada, já que o colombiano é, efectivamente, um "poço de força" e apresentaria muito mais capacidade de combater e aparecer em mais espaços do que o "Polvo". 


No ritmo possível, o golo portista lá acabou por surgir. Lançamento de linha lateral na esquerda, Berger atrapalha-se com Orlando e cabeceia a bola para trás onde estava Varela que, à meia volta, e escorregando - factor essencial para ter sucesso naquele remate - fez o único golo portista. Pouco depois chegaria a ordem para recolher aos balneários.


A Académica regressou mal para o segundo tempo, acusando claramente o golo que havia surgido numa altura delicada. Jorge Costa demorou a perceber isso e o Porto aproveitou da melhor forma para se ir colocando à vontade no jogo, criando perigo quando preciso. Mas, a dada altura, a equipa de André Villas-Boas, entregou as iniciativas aos academistas e, já a jogar com 5 defesas, com a entrada de Otamendi, preferiram descansar do esforço despendido na primeira metade e nos quinze/vinte minutos da segunda. E a medida ia saindo cara aos portistas. No último lance do jogo, Hugo Morais bateu um livre de forma exemplar, mas a bola bateu com estrondo na barra. Na recarga, à boca da baliza, Hélder Cabral atirou por cima. Não se pode dizer que tenha sido um grande jogo, mas foi o jogo possível...