O Brasil venceu a Colômbia por 3 a 1 pela fase de grupos do  Sul-Americano Sub-20 do Peru. O esquema tático do Brasil foi o 4-3-2-1. O  esquema tático da Colômbia foi o 4-4-2.
Brasil
O  Brasil repetiu a formação tática do primeiro jogo, o 4-2-3-1, mas não  apresentou o mesmo futebol. Primeiro porque a Colômbia é mais time que o  Paraguai; segundo porque Neymar não esteve no mesmo nível do primeiro  jogo; e terceiro porque o Brasil custou a modificar sua estratégia de  jogo diante de uma Colômbia que jogou em cima das fragilidades do time  brasileiro. E que fragilidades são essas?
O Brasil teve Neymar e  Diego Maurício aberto pelos lados como meias-atacantes, o que deu maior  força ofensiva. Entretanto, piorou a marcação. Nenhum dos dois volta  para compor o meio-campo e deixa a marcação para os laterais que, por  sua vez, gostam de apoiar o ataque. Pois a Colômbia jogou principalmente  pelos lados do campo.
O jogo seguiu muito equilibrado e o Brasil  não conseguia sair dessa armadilha no primeiro tempo. A Colômbia  sobrecarregava os laterais brasileiros, mas deixava espaço livre na  faixa central. Na segunda etapa, Ney Franco promoveu uma modificação  fundamental. Ele prendeu os laterais Alex Sandro e Danilo no campo  defensivo e liberou os volantes. O Brasil mudou. Casemiro e Fernando  passaram a subir mais para o ataque e o Brasil passou a dominar com  vantagem a partida.
Na segunda etapa, Alan Patrick entrou no  lugar de Diego Maurício, mas nada acrescentou. Galhardo entrou na  lateral direita, no lugar de Danilo, para reforçar a marcação e Oscar no  de Casemiro, provavelmente por cansaço. Destaque para os volantes  Fernando e Casemiro, que são bons marcadores e saem bem para o ataque.
Não  foi uma noite muito feliz para Bruno Uvini. Destaque na primeira  partida, jogou mal contra a Colômbia. Por outro lado, Juan atuou muito  bem, desarmando e passando a bola com qualidade. Diego Maurício fez uma  partida boa, não excelente. Foi melhor que Oscar, mas errou muito.  Neymar esteve abaixo do seu nível, mas não foi um desastre como alguns  disseram. Lucas continua devendo em relação ao futebol apresentado no  São Paulo. Fez uma linda jogada para o gol, mas ainda está prendendo  muito a bola e errando passes.
Colômbia
O  técnico Eduardo Lara apostou no jogo pelos lados do campo. É uma boa  aposta já que os meias-atacantes brasileiros que jogam aberto não voltam  para compor o meio-campo, deixando todo o trabalho defensivo para os  laterais. Os laterais, por sua vez, saem bastante para o ataque, o que  deixa um bom bom espaço a ser explorado. Então, a Colômbia jogou num  4-4-2 que precisa de alguma explicação para ser entendido.
O  4-4-2 da Colômbia é em linha quando o time defende. Mas quando o time  adota uma postura ofensiva, os meio-campistas centrais (no caso Cabezas e  Miguel Júlio) não acompanham os meias pelos lados (Calle e Cardona). Ou  seja, não é como a linha de meio-campo clássica inglesa em que todos os  meio-campistas atacam e defendem em conjunto.
Essa tática gerou  um problema sério para a Colômbia. A faixa central do meio-campo ficou  vazia. Como dissemos, o técnico Ney Franco identicou essa lacuna no  final do primeiro tempo e passou a explorar essa falha.
Os  atacantes também jogaram abertos. No primeiro tempo, Castillo caiu pela  direita e Escobar pela esquerda. A ordem era claríssima: explorar os  lados dos campos e as costas dos laterais. Até o lateral-direito Arias,  que deveria marcar Neymar, arriscava incursões pelo campo ofensivo. No  segundo tempo, os atacantes mudaram de lado e continuaram jogando  abertos. Mas os laterais brasileiros estavam mais postados no campo  defensivo. Ainda assim, Castillo, bom atacante, criou boas chances pela  esquerda, lado de Danilo e Bruno Uvini.
A Colômbia mostrou um bom  futebol e bons jogadores. Cardona é um bom meia, Castillo é um bom  atacante e a dupla de zagueiros mostrou muita segurança. Saiz (zagueiro  pela esquerda) e Franco (direita) sabem desarmar e passar a bola.