Académica reserva lugar nas meias-finais

Hugo Leal e Hélder Cabral (Paulo Novais/Lusa)

Quase 28 anos depois a Académica está de volta a uma meia-final da Taça de Portugal, única prova em que a equipa conseguiu, até agora, ganhar sob o comando de José Guilherme. O sonho de regressar ao Jamor, algo que não acontece à Briosa desde 1969, continua bem vivo em Coimbra. Segue-se o V. Guimarães, a duas mãos, a primeira a ter lugar já para a semana no Minho.

O V. Setúbal teve uma entrada a todo o gás na partida, conseguindo explorar as dificuldades do lado direito da Briosa através da velocidade de Brasão, de longe o melhor sadino em campo. O brasileiro ameaçou, Peiser ainda evitou estragos mais cedo, mas não chegou para tudo. O golo, todavia, foi marcado em posição irregular. Os sadinos tomavam a dianteira do marcador e jogavam a seu bel-prazer, dando a sensação que poderiam chegar ao segundo a qualquer momento.

A Académica recompôs-se e, aos poucos, foi empurrando o adversário. A defesa espadaúda de Setúbal começou a vacilar e Éder, que já estava farto de tentar, conseguiu chegar ao empate com um golo, para não variar, também em fora-de-jogo. Os comandados de José Guilherme tomaram-lhe o gosto e, cinco minutos volvidos, Sougou virou o marcador. Vantagem importante ao intervalo, perante um Vitória agora atordoado.

Éder (Paulo Novais/Lusa)

No regresso dos balneários, já se sabia que dificilmente a partida manteria o ritmo da primeira parte. A Briosa apostava no controlo de jogo mas não deixava de «cheirar» o terceiro, para poder descansar. Mas o nervosismo da defesa da casa voltou a fazer-se sentir, valendo um enorme Peiser, em noite de grande inspiração. Pape Sow saiu lesionado, dando lugar a Luiz Nunes e os minutos finais foram de grande sofrimento para a turma estudantil. Seguiu-se Sougou, pelos mesmos motivos, e os receios dos apaniguados conimbricenses avolumaram-se

Uma grande penalidade, convertida por Amaury Bischoff, voltou a dar folgo à Académica. Collin reduziu pouco depois e o coração passou a mandar na partida. Os cinco minutos de descontos pareceram intermináveis, Paraíba deixou os adeptos à beira de um ataque de nervos ao falhar perante Diego, mas o resultado não se alterou.