A cura da ressaca chama-se Ronaldo

 Abraço luso em mais um grande jogo de Cristiano Ronaldo (foto AP)

Aí está a melhor maneira de ultrapassar a goleada sofrida pelo Real Madrid ante o Barcelona: colocar Ronaldo a jogar na partida seguinte. O internacional português passou a semana a contas com uma lesão no tornozelo direito, mas Mourinho apostou nele e em boa hora o fez. O CR7 apontou os dois golos com que os blancos derrotaram o Valência, adversário difícil, no fim de semana a seguir a tão pesado resultado. 

Mourinho mexeu na estrutura táctica da equipa, lançou Lass e retirou do onze Benzema. Também a defesa merengue foi remodelada, com Sergio Ramos e Ricardo Carvalho, por castigo, a não poderem dar o seu contributo à equipa de José Mourinho. A primeira metade foi bem mais física do que jogada propriamente dita. Os cartões amarelos sucediam-se a um ritmo muito elevado e em proporcionalidade inversa às oportunidades. De tal modo que só perto do intervalo é que Ronaldo teve nos pés, ou melhor, no calcanhar, o golo, mas a bola embateu no poste.

A segunda parte foi claramente diferente: o Real ganhou Benzema e a equipa da capital partiu para cima da equipa "che". Guaita, guarda-redes do Valência, passou a concentrar atenções pelas defesas que ia fazendo, adiando o inevitável golo do Real. A ajudar, Albelda foi expulso, por duplo amarelo, deixando o Valência inferiorizado. Foi o mote para Cristiano surgir, aos 72 e já perto do fim, a fazer golos completamente seus - com a ajuda preciosa primeiro de Ozil e depois de Lass - a construir a vitória Real.