Blatter pede desculpas e admite novas tecnologias


A FIFA recomeçou por rejeitar comentar os erros de arbitragem nos oitavos-de-final do Mundial 2010 e recusar a adopção das novas tecnologias, mas as críticas generalizadas levaram o presidente do organismo, Joseph Blatter, a recuar em relação à posição inicial.

Blatter convocou hoje os jornalistas para pedir desculpas públicas à Inglaterra e ao México, vítimas de erros de arbitragem graves que tiveram influencia nos jogos em que as duas equipas foram eliminadas: a Inglaterra perdeu por 4-1 diante da Alemanha, mas, no decorrer da partida, chegou a igualar o resultado a dois golos, mas a equipa de arbitragem não viu que os ingleses fizeram entrar a bola na baliza germânica; no segundo caso, o México dominava a Argentina (1-3 resultado final) e criava oportunidades de golo, quando os argentinos marcaram um golo em contra-ataque, em fora-de-jogo claro, que foi incorrectamente validade.

Em ambos os casos, as repetições imediatas dos golos permitiram ao mundo inteiro, inclusive os espectadores e os jogadores nos dois estádios, aperceberem-se dos erros, mas os árbitros não recuaram. A primeira reacção do porta-voz da FIFA foi mesmo criticar a repetição das imagens em plenos estádios.

“Exprimi as minhas desculpas às duas delegações directamente envolvidas. Compreendo que não estejam contentes. É evidente que, depois do que vivemos, seria ridículo não reabrir o dossier da ajuda da tecnologia, em Julho, em Cardiff”, afirmou hoje Blatter, referindo-se à reunião da FIFA (Federação Internacional de Futebol) marcada para 21 e 22, na capital do País de Gales. Em discussão estarão as várias tecnologias já testadas para a linha de golo, de modo a detectar com precisão quando é que a bola entrou totalmente na baliza.