"Em jogos desta intensidade é natural e compreensível que que apareçam algumas frustrações. Nestes momentos, pode acontecer que (as frustrações) não estejam suficientemente educadas para serem bem contidas. Não lhe vamos dar a dimensão que vocês deram [dirigindo-se aos jornalistas], mas não as vamos ignorar. Não estamos aqui para ser amigos dos jogadores. Se precisar de passar toda a minha vida a ensinar que as frustrações têm de ser contidas, bem dirigidas, vou fazê-lo", referiu o seleccionador nacional, de 57 anos.
"Portugal precisa de Ronaldo e Ronaldo da Selecção. Não somos um país assim tão grande para que possamos desperdiçar os nossos melhores recursos. Se o tamanho da camisola for pequeno demais para algum corpo não precisa de estar aqui", prosseguiu. Carlos Queiroz lembrou as duas grandes lições, fruto de seis anos no Manchester United, o acompanharão para toda a vida: "a primeira é, aconteça o que acontecer, nunca entrar pânico; a segunda é que ninguém está acima da Selecção. Nunca vai estar. Os jogadores escolhem os jogadores mas aqui é a Nação que os escolhe".
Frisando que também já teve as suas frustrações, seleccionador nacional lembrou que há caminhos que convém seguir: "Estamos sempre a aprender a a tempo de ser educados. É como tudo na vida. Às vezes temos de decidir de que lado estamos em termos de princípios. Agora temos de treinar os nossos melhores valores para estar do lado do paraíso. Quando as tempestades acontecem temos de estar preparados para levar o nosso barco ao destino".
«Golo de Villa foi em fora-de-jogo»
Carlos Queiroz voltou a lamentar os erros de arbitragem que terão prejudicado Portugal na sua campanha no Mundial'2010. Um ponto cuja abordagem o próprio reconheceu ser já recorrente mas que, frisa, é necessário colocar em cima da mesa.
"Lá vão dizer que 'aí vem o Queiroz com as desculpas da arbitragem' mas os jogadores merecem essa referência. O golo foi claramente fora-de-jogo. Vejam as fotografias e os vídeos. O passe foi feito pelo segundo jogador, a defesa subiu e o Villa ficou em posição irregular", afirmou o seleccionador nacional numa conferência de imprensa em Magaliesburg.
«Se digo que está cansado é porque está»Carlos Queiroz frisou, na conferência de imprensa desta quarta-feira, que sempre disse a verdade, nomeadamente quando explicou as lesões ou a substituição de Hugo Almeida.
"Quando eu disser que um jogador está cansado é porque está. Conheço-os melhor que ninguém. Não ponham em causa a minha honra. O Cristiano, o Simão, o Hugo Almeida são dos nossos melhores recursos. Não vamos desistir de fazer deles os melhores jogadores e as melhores pessoas porque no final vai valer a pena", referiu o seleccionador nacional, de 57 anos.
2 comentários:
No fim de contas são mais os idiotas na selecção do que aqueles que sabem o que fazem ...
Interessante é apercebermo-nos de que uma pessoa sabe mais sobre o cansaço de um jogador do que o próprio