O Benfica nunca chegou a precisar de impor um andamento forte ao jogo, até entrou muito adormecido e pouco inspirado, mas o Beira-Mar cedo deixou entender não ter capacidade para criar problemas sérios aos "encarnados".
Mesmo a jogar a um ritmo próximo de um treino, e com escassa inspiração individual e coletiva, o Benfica chegou ao golo aos 26 minutos, praticamente na primeira jogada bem congeminada de envolvimento pelas alas, com Witsel, hoje a fazer de Maxi Pereira como lateral direito, a cruzar para Cardozo encostar para o fundo das redes e abrir o marcador.
O golo teve o condão de acentuar ainda mais o convencimento dos jogadores "encarnados" de que a vitória surgiria naturalmente, sem necessidade de grandes correrias, apesar de o Benfica não estar a conseguir abrir espaços na defesa aveirense, a jogar com um bloco muito baixo.
Jorge Jesus lançou Nelson Oliveira como titular, a fazer dupla com Cardozo, porque o adversário era propício a essa aposta, mas foram notórias as dificuldades do jovem avançado perante uma defesa fechada e a falta de entrosamento com o paraguaio.
Só quando o Beira Mar se atrevia a subir um pouco mais no terreno e a expor-se, abrindo espaços no seu meio-campo, é que Nelson Oliveira dava um ar da sua graça, lançado de trás para a frente, fazendo alarde da sua velocidade e poder atlético.
Estava o jogo num ritmo repousado, com o Beira-Mar incapaz de estender as suas transições até à área do Benfica, quando os "encarnados" chegaram ao segundo golo, para o qual pouco tinham feito por ele, através de Gaitán, num dos poucos lances em que Cardozo conseguiu rodar de costas para a baliza e oferecer o golo ao argentino.
A questão ficou assim arrumada antes do intervalo, sem que o Benfica precisasse de se expor por aí além ao "espião" do Chelsea presente na Luz, que deve ter ficado com "água na boca" face aos espaços que os "encarnados" deram no "miolo", um "descampado" que se abria entre Javi Garcia e Aimar, que integram a "espinha dorsal" da equipa, quando o Beira-Mar saía para as ações ofensivas.
É claro que as facilidades dadas pelo Beira-Mar nunca forçaram verdadeiramente Aimar a recuar, ou Gaitán e Bruno César, nas alas, a fechar com rigor, quando o Benfica perdia a bola, o que não acontecerá, seguramente, quando o Chelsea for à Luz.
No entanto, a deslocação de Witsel para lateral direito, que Jesus repete, deixa um "vazio" no "miolo", que, frente a uma equipa forte, pode trazer dissabores ao Benfica.
Na segunda parte, a equipa de Jorge Jesus chegou ao terceiro golo logo aos 48 minutos, pelo inevitável Cardozo, após um precioso toque de calcanhar de Nelson Oliveira, e, se o jogo já estava praticamente decidido, decidido ficou.
O Benfica acionou o "modo de gestão" e foi tentando controlar a posse da bola para que o tempo se escoasse, permitindo ao Beira-Mar mostrar-se mais afoito a sair para o ataque, esforço que acabou por ser premiado com um golo já em período de compensações, por Cássio, que entrara a substituir André Marques, aos 58 minutos.
Fonte: Lusa
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