Prémios Visão 2010

O "Prémio Visão" destina-se a distinguir os melhores médios de 2010 no futebol Mundial. Os nomeados são Xavi, Iniesta e Sneijder.


Prémio Visão de Bronze: Xavi

Xavi Hernandez - Netherlands v Spain: 2010 FIFA World Cup Final

É um daqueles jogadores que todos os treinadores gostavam de ver no campo a pautar o jogo da sua equipa. Muito inteligente na gestão dos timings de passe e com uma precisão do mesmo capaz de colocar a bola em locais impensáveis. Xavi Hernández facilita, de facto, muito a vida aos atacantes quer da Espanha, quer do Barcelona. E por falar nestas duas equipas, o médio foi um dos comandantes de ambas. Chefiou a "Fúria" até à final, com a sua experiência que nunca parece tornar-se velhice e liderou o Barcelona num ano que internamente foi (quase) perfeito. Pena seja que apenas quando já ultrapassa os trinta é que tenha chegado a este patamar de notoriedade relativamente a qualidades que sempre teve.


Prémio Visão de Prata: Sneijder


Ano quase perfeito para o pensador do jogo do Inter de Milão. Mourinho foi buscar o holandês à lista de dispensados do Real Madrid por um preço simbólico para aquilo que o 10 viria a render. Wesley Sneijder era o jogador que Mourinho precisava para acrescentar à equipa e o holandês não desiludiu e entrou a todo o gás. Passes magistrais, remates fantásticos com os dois pés, livres de génio. De tudo Sneijder deu ao Inter, de tal forma que se tornou uma das figuras de todas as conquistas milanesas. 2010 foi, então, um ano muito proveitoso para o médio: uma Liga dos Campeões, uma Taça de Itália, um campeonato de Itália...mas não só. Ainda sobraram forças - e mestria - ao "maestro" para comandar a orquestra holandesa no Mundial rumo a uma não muito esperada - pela opinião pública - presença na final. Este poderia ter sido um ano perfeito para o médio do Inter, não foi, mas andou bem lá perto...


Prémio Visão de Ouro: Iniesta


Ano de grande destaque para o "taka" do Barcelona e da selecção espanhola. O médio tornou-se um herói nacional ao apontar o golo que serviu para derrotar a Holanda na final do Mundial 2010. É daqueles jogadores que trata a bola por tu e que parece jogar com chuteiras de veludo. A par de Xavi foi um elemento cintilante no Mundial e no Barcelona, contudo, na parte final da temporada, sobressaiu-se ao companheiro de terreno e de equipa. É claramente talhado para os grandes jogos e isso faz dele um jogador ainda mais admirável. A alma que coloca em campo não parece ser conciliável, na teoria, com tamanha mestria. Puro dos enganos: Iniesta está um degrau acima do excelente e consegue juntar coração, técnica e inteligência em apenas dois pés. O melhor médio de 2010.