Porto compromete

Rui Costa e Ozeia

O FC Porto teve um significativo contratempo na sua perseguição ao topo da classificação. Os "dragões" empataram em casa com o Paços de Ferreira a uma bola, com os golos reservados apenas para a parte final do encontro. Ou melhor, poderia ter havido mais cedo, mas Rui Costa, que foi a estrela (de)cadente da partida, encarregou-se de invalidar o golo a Falcao. Aliás, o juiz não se cingiria a essa falha e mostrou o segundo amarelo a Ozeia por pretensa mão do central, quando foi perceptível que o gesto foi efectuado com o peito. Há muito que se pede uma reflexão sobre o estado da arbitragem em Portugal, ora aí está um bom jogo para se incidir.

Falcao

Conforme era esperado, Jesualdo colocou Tomás Costa a actuar de início no meio-campo e o número 20 respondeu como bem sabe: muita dedicação e trabalho. Falta-lhe, no entanto, a cultura de trinco que perfuma Fernando. No lado direito, destaque para o regresso de Fucile à titularidade. Na equipa pacense o maior destaque vai para Cássio. O guarda-redes brasileiro que no início da época era conhecido por ter erros que comprometiam jogos, teve um encontro praticamente imaculado, com defesas de grau elevadíssimo. O Porto dominava a primeira parte e Falcao, recebeu, em jogo, um passe de Meireles e colocou a bola no fundo da baliza. Golo? Não, começava o show de Rui Costa. Jogada invalidada por fora-de-jogo do colombiano. O Dragão ia para o intervalo adormecido no nulo.

Maykon e Ulisses Morais

No segundo tempo, o Porto entrou decidido a fechar o jogo, mas a falta de acerto esbarrou na eficácia dos "castores". Num contra-ataque, os homens de Ulisses Morais marcaram, perto do fim, por Maykon. Cenário de tragédia grega nas caras dos adeptos portistas. Mas lá apareceu Falcao, o avançado que um dado "conhecedor" de futebol acusou de fazer poucos golos e não conseguir segurar a bola, a salvar as honras do convento, ao aparecer ao segundo poste após cruzamento na esquerda a mergulhar de cabeça.