Às 01h45 (hora portuguesa) dá-se o apito inicial da Copa América, uma competição que promete acalentar o mês de Julho com partida repletas de emoção e fantasia ao mais alto nível. Todos os jogos terão transmissão na Zona Em Directo do Blog.
A competição disputa-se na Argentina, uma das potenciais favoritas à conquista do trófeu. Aliás, a selecção das Pampas é, juntamente com a brasileira, uma crónica favorita neste tipo de competição continental. Porém, as outras equipas envolvidas prometem dar luta, em especial Uruguai, Chile, Colômbia e Paraguai. O Negócios do Futebol elaborou uma lista das equipas com mais potencialidades desta competição e alguns dos jogadores que poderão a diferença nesta Copa América 2011.
Argentina: Sem dúvidas, uma das selecções a nível mundial com mais potencial, se mais não fosse, pela presença do Melhor Jogador do Mundo, Lionel Messi. Embora muitas vezes seja criticado o desempenha de La Pulga ao serviço da alvi-celeste, a presença do pequeno génio em campo pode ser suficiente para decidir partidas que se encontrem mais complicadas. Mas a selecção das Pampas não se cinge à magia do avançado do Barcelona, sendo que Sergio apostará na experiência de Javier Zanetti para manter a união do grupo que conta com jogadores como Pastore, um dos mais requintados médios do futebol argentino e que deverá estar perto de abandonar o Palermo. Tévez é outros dos jogadores em destaque, depois da época ao serviço do Manchester City em que sagrou melhor marcador da Premier League.
Brasil: Quatro títulos nas últimas cinco edições evidenciam bem o poderio do Brasil no continente sul-americano. Crónico candidato em todas as competições onde marca presença, a selecção canarinha irá apresentar nesta Copa América um misto de jogadores experientes e alguns que farão o futuro da selecção, em especial aquela que participará no Brasil 2014. Face à ausência de um grande nome de peso que reúna um consenso entre os adeptos (ao contrário do que acontecia no passado com Rivaldo, Ronaldo ou Ronaldinho) pode-se dizer que esta equipa brasileira vale bastante pelo colectivo. No entanto, não se deixam de destacar alguns jogadores, nomeadamente Neymar, a nova coqueluche do futebol canarinho e, ao que tudo indica, mundial. Esta competição poderá ser a oportunidade para o jovem seguido pelo Real Madrid se afirmar num palco internacional, depois de ter conduzido o Santos á conquista da Libertadores, mais de seis décadas depois de o Rei Pelé ter levantado o mesmo troféu pelo Peixe. Para além do jovem avançado, também Paulo "Ganso" Henrique, do Santos, é uma das grandes promessas que poderá emergir neste torneio e justificar uma mudança para a Europa, onde é seguido pelos tubarões dos campeonatos espanhol, inglês e italiano.
Uruguai: Embora tenha conquistado o último título Sul-Americano em 1995, a selecção uruguaia é a que conta com mais vitórias na Copa América (14), igualando a sua congénere argentina. Porém, a nova geração de jogadores uruguaios promete ser uma das profícuas a nível de desempenho, que aliás ficou bem patente no último Mundial 2010, onde conquistaram um honroso 4º lugar. Apesar de uma temporada menos conseguida ao serviço do Atlético de Madid, Diego Fórlan continua a ser a estrela maior desta selecção, que vê entretanto emerger nomes como Edinson Cavani e Luís Suárez, cada vez mais referências no panorama nacional e internacional. A qualidade desta equipa é já reconhecida e poderá ser suficiente para alcançar mais um bom resultado internacional.
Paraguai: A ausência de Óscar Cardozo foi uma das mais badaladas da selecção paraguaia, mas ao olharmos para a forma de jogar desta equipa vemos que a presença do jogador seria contranatura, tendo em conta a italianização que o futebol guarani tem sofrido nos últimos tempos, muito por culpa de Cesare Maldini. Jogando de forma cínica, e sempre como um bloco coeso, apostando no contra-ataque, a ofensiva paraguaia conta com jogadores rápidos e perigosos, como aliás demonstraram no Mundial 2010, onde fizeram uma boa campanha, arrendando a Itália dos oitavos-de-final, sucumbindo apenas aos pés dos espanhóis, campeões mundiais. Roque Santa Cruz não tem sido particularmente feliz a nível de clubes, mas na selecção guarani ainda desempenha um papel importante nas manobras ofensivas, apoiado por um Valdez que parece ter renascido no futebol espanhol, ainda que não tenha conseguido evitar a descida do Hércules, foi dos poucos jogadores a silenciar Camp Nou, ao marcar os dois golos que ditaram a derrota caseira do Barcelona. Também Lucas Barrios é fundamental nesta equipa, completando o tridente ofensivo paraguaio que poderá ser uma das revelações deste torneio. Jonathan Santana, do Kayserispor, é um jogador a ter conta nas transições ofensivas, pela sua capacidade de colocar a bola nos homens da frente.
Colômbia: Vencedor inesperado em 2001, quando recebeu e conquistou pela primeira vez esta competição, a Colômbia é uma das equipas a em conta nesta edição. Liderada pelos bem conhecidos dos portugueses Falcao e Guarín, esta equipa poderá revelar-se uma das boas surpresas desta Copa América. O avançado do Porto é, de facto, a grande aposta do seu treinador, depois de uma época brilhante, tanto a nível individual como colectivo, ao serviço do FC Porto. O mesmo se pode dizer de Fredy Guarín. No clube portista passou de mal-amado pelo adeptos a referência no meio campo e agora segue o mesmo caminho na selecção, fazendo com o o avançado do qual é companheiro de clube uma sociedade de golos bastante lucrativa. Cristian Zuñiga, lateral do Nápoles e dono do corredor direito da equipa colombiana é outra das figuras desta selecção que quer marcar presença no Brasil 2014.
Chile: O futebol atraente é um dos cartões de visita da selecção comandanda por Claudio Borghi. O futebol romântico apresentado por Marcelo Bielsa no Campeonato do Mundo cativou muitos amantes do futebol, porém, se o ataque era recheado de jogadores de luxo e com um potencial impressionante, a defesa foi um dos aspectos que deixou a desejar. Porém, a selecção de 2011 parece ter encontrado um equilíbrio, embora o predomínio do momento ofensivo seja evidente. Alexis Sanchéz é, aos 22 anos, a estrela maior de um país assolado recentemente por catástrofes naturais mas que deposita grandes esperanças num bom desempenho da sua equipa na maior competição da América do Sul. O médio Matías Fernandéz, embora ainda longe do potencial demonstrado nas camadas mais jovens, é também um jogador a ter em conta nesta Copa América, juntamente com Humberto Suazo, que apesar de ter falhado na sua breve passagem europeia, continua a ser uma referência ao nível da selecção.
E ficamos por aqui, com esta breve antevisão de mais um grande evento do futebol internacional que promete grande partidas e muita emoção. Deixamos também o apelo aos nossos leitores: Que equipa é a favorita à conquista da Copa América? Quais os jogadores que poderão marcar a diferença? Participem, comentando.
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