O Barcelona atropelou o Real Madrid em Camp Nou (5-0) e impôs a primeira derrota de José Mourinho à frente do Real Madrid, por sinal a mais pesada na sua carreira. Um clássico com apenas uma equipa a dar espectáculo e outra que nunca teve bola para ripostar. A equipa de Pep Guardiola passa para o topo da classificação com mais dois pontos do que os merengues, mas o que fica para a história é um verdadeiro banho de bola.
Entrou melhor o Barça, colocando em prática o tiki-taka, a imagem de marca da equipa de Guardiola, evoluindo no terreno com paciência, com passes curtos, à espreita de uma abertura, para invadir a área de Casillas. José Mourinho manteve-se fiel ao seu esquema, trocando apenas o lesionado Higuaín por Benzema, com Xabi Alonso e Khedira à frente da defesa. Quase sempre com bola, o Barça começou a fazer estragos desde cedo, com Messi a dar o primeiro sinal, com um remate colocado da direita que levou à bola ao poste do lado contrário.
O «tiki-taka» prosseguiu intenso, embalando a defesa merengue que se deixou surpreender com um passe a rasgar de Messi a lançar Iniesta sobre a esquerda. Mudança de velocidade, falha de Pepe e golo de Xavi que só teve de encostar. Tudo muito fácil. O Real ainda esboçou uma reacção, com Di María a obrigar Valdés a defender para canto, mas logo a seguir a equipa de Mourinho voltou a cair na mesma lenga-lenga do jogo catalão. Rodeados pela teia do adversário, os merengues foram novamente surpreendidos com um passe de morte de Xavi. Villa escapou a Sergio Ramos e ofereceu o segundo a Pedrito.
A posse de bola começava a irritar os jogadores do Real Madrid que nem tinham bola para ripostar. Cristiano Ronaldo foi dos primeiros a ceder à pressão, empurrando Guardiola junto à lateral. Valdés foi o segundo quando saiu em defesa do seu treinador. O jogo aquecia e salvava o Real de novos embaraços até ao intervalo. Um curto espaço de tempo que o real teve para respirar e Cristiano Ronaldo esteve perto de marcar na sequência de um livre que passou a rasar o poste. O português pode ainda queixar-se de uma eventual grande penalidade depois de ter sido abalroado por Valdés numa bola dividida.
O intervalo chegou como um enorme alívio para os visitantes. José Mourinho não esperou e procurou reagir, trocando Özil (muito apagado) por Lass Diarra, passando, tal como Barça, a jogar em 4x3x3. Mudou o Real, mas o Barça continuou igual a si próprio, agarrado à bola e pouco interessado em deixar o adversário jogar. A pressão catalã voltou a aproximar-se da baliza de Casillas e, em três minutos, mais dois golos. Ambos fabricados por Messi, ambos concluídos por Villa.
O jogo acabava aqui. As bancadas entretinham-se com cânticos a provocar Mourinho e Ronaldo. O Real Madrid acumulava amarelos, passando a recorrer a inúmeras faltas para travar o carrocel catalão. Só dava Barça, com Guardiola a refrescar a equipa com as entradas dos jovens Bojan e Jeffren, mas sem nunca alterar o seu estilo. Ao cair do pano mais um golo, assinado por estes mesmos jogadores, e a expulsão de Sergio Ramos que não resistiu à pressão e agrediu Messi e Puyol. Não havia necessidade.
2 comentários:
É Porto na Liga Portuguesa e Barça na Liga Espanhola ;)
o Guardiola veio ver o Porto vs Benfica e aprendeu alguma coisa XD