João Pereira salva a honra de um convento que de nacional nada tem

 Maniche deita as mãos à cabeça

O Sporting tem duas caras e isso ficou, mais uma vez, presente no campeonato. Os leões coleccionam boas exibições mas apenas na Europa. Na Liga ZON-Sagres, os sportinguistas têm todos os motivos para estarem desiludidos. O Beira-Mar aproveitou-se da melhor forma e, com um empate a um golo, conseguiu um precioso ponto e, quem diria, está a apenas dois pontos dos rivais desta noite. 

Pela primeira vez, Paulo Sérgio repetiu o onze, esperando que as boas exibições da Liga Europa, fossem colocadas no campeonato. Mas a eficácia não foi a mesma do jogo com o Levski também muito por culpa de Rui Rêgo. O guarda-redes do Beira-Mar defendeu quase tudo - excepção feita ao golo de João Pereira - e foi uma das figuras deste empate dos aveirenses. Os da casa começaram melhor o jogo, sem quaisquer autocarros ou outros transportes de grande porte à frente da baliza. Pelo contrário, os auri-negros demonstravam atrevimento na hora de atacar e faziam-no com personalidade. Mas o Sporting foi crescendo pouco a pouco e da equipa se sobressaiu um jogador que vive um grande momento: Hélder Postiga. O internacional português, de regresso à equipa das "quinas", procurou a bola e, quando a encontrava, aquilo que procurava era logo a baliza. E podia, por mais de uma vez, ter feito o primeiro golo. Numa delas atirou ao poste. 


Mas seria o Beira-Mar a adiantar-se. Renan, um dos melhores elementos da equipa da casa, na cobrança de um livre, conseguiu dar um efeito à bola que traiu Rui Patrício. Só que a festa aveirense não durou muito tempo. Três minutos depois, João Pereira aproveitou da melhor forma uma recuperação de Postiga - um poço de energia - e empatou o encontro. 

No segundo tempo o Sporting quase não deu espaço a investidas caseiras e apenas Wilson Eduardo - uma das alterações produzidas por Leonardo Jardim - conseguiria rematar por algumas vezes. Paulo Sérgio mudou. Meteu a carne no assador, mas quem criava perigo era mesmo Postiga. Só que Rui Rêgo não estava mesmo disposto a deixar entrar mais golos e parecia conseguir fazê-lo fosse de que maneira fosse como ficou provado num grande cabeceamento do 23 do Sporting para uma defesa impossível de Rêgo. Os golos ficaram-se, então, pela primeira parte, apesar das tentativas sportinguistas.