… em grande vitória do Mourinho!
É de facto um outro nível de futebol. Não necessita de ser um jogo-espetáculo, à inglesa, aberto, ritmado… mas foi intenso! Muito intenso! Diria mesmo completo e complexo… ao nível táctico, estratégico, posicional, emocional, reaccional e cerebral. Defrontavam-se 2 paradigmas opostos do futebol:
Um catenaccio avançado pós-moderno, contemporâneo… um futebol de homens de barba rija, de força, intensidade, de organização e estratégia… inteligência e planeamento sublime! O Inter. Tão sublime quanto o nível técnico, dinâmico, mágico, ingenuamente fantástico, da versão “plus” do futebol Holandês de Cruyff, Van Basten e ao som de tango de Maradona! O Barça. O melhor futebol do mundo! No campo alguns dos melhores atletas, mais eficientes e perspicazes nas respectivas funções e posições. No banco os 2 melhores treinadores do mundo, com filosofias diferentes, até por que dispõem de recursos diferentes.
Guardiola é o melhor treinador ao nível da implementação da dinâmica, do modelo, da filosofia de jogo, da estética do futebol jogado… o seu caminho talhado! Mourinho na preparação, organização, sentido posicional, plano estratégico, reacção ao adversário e eficiência… especialmente talhado para jogos decisivos, a eliminar… as suas pequenas batalhas! Um é o melhor no traçar do seu futebol, na forma de atingir a perfeição e no concretizar do modelo de jogo. Talvez demasiado centrado em si, nas suas virtudes, idealista ao extremo! Perfeito para as competições de regularidade, esmagando os adversários pela consistência e pela capacidade. O outro é o melhor a adaptar-se às condições, menos egoísta, melhor a anular o adversário e a criar condições que desafiam o rumo lógico e estatístico-probabilistico dos acontecimentos! Perfeito para provas a eliminar!
Texto de Nuno Ricardo da Silva para o Negócios do Futebol
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