Drogba oferece liderança ao Chelsea

Chelsea's Didier Drogba

Era encarado como o jogo do título em Inglaterra. O Chelsea visitava Old Trafford com dois pontos de desvantagem para o rival do princípio da tarde, o Manchester United. E, contrariando, porventura, algum favoritismo dos diabos vermelhos, os blues venceram o encontro por duas bolas a uma. O United repete, por isso, a derrota que havia somado a meio da semana, para a Liga dos Campeões, pelos mesmos números.

No lado dos londrinos, Paulo Ferreira e Deco alinharam de início, ao passo que, nos visitados, Nani entraria aos 71 minutos. Pertenceu a Deco a primeira chance de golo, depois de uma boa arrancada de Malouda, o luso-brasileiro foi incapaz de dar seguimento à jogada. Frank Lampard cobrou um canto para a cabeça de Alex, mas o brasileiro atirou para fora. Era mais do que notória a disposição do Chelsea para atacar. O primeiro sinal da presença do United deu-se quando Valência, num excepcional momento de forma centrou para Berbatov, mas o búlgaro cabeceou para fora. Aos 19 minutos, a superioridade visitante daria frutos. De novo Malouda a dar muitos problemas à defensiva dos red devils, deixando Fletcher e Ferdinand para trás, antes de colocar a bola em Joe Cole que, de calcanhar, finalizou com classe. Mike Dean começaria então a protagonizar o seu próprio espectáculo. Primeiro não viu uma falta de Zhirkov sobre Park para penlaty e, seguidamente, compensou o erro ao fazer o mesmo na área do United depois de Anelka sofrer falta de Gary Neville.


Chelsea's Portuguese midfielder Deco (R) vies with Manchester United's English midfielder Paul Scholes


Da mesma forma que acabara a primeira parte, o Chelsea iniciou a segunda ao ataque. Paulo Ferreira penetrou na defesa do Manchester depois de um grande passe de Joe Cole mas foi incapaz de desfeitear Van Der Sar. No lado vermelho do jogo, sentia-se a falta de Wayne Rooney a níveis inimagináveis seguramente até porque Berbatov não demonstrava a eficácia do companheiro de ataque, bem pelo contrário, o número 9 mostrava-se extremamente perdulário. Mas os pupilos de Ferguson haveriam mesmo de crescer no jogo e assistir-se-iam a uma série de cruzamentos perigosos para a área do Chelsea, numa forma de jogar a que o United sempre nos habituou com derivações para os flancos, idas frequentes às linhas e centros. Aos 69 minutos, Drogba entraria para o lugar de Anleka numa substituição decisiva e certeira de Ancelotti, já que, aos 80 minutos, o costa-marfinense, em clara posição de fora-de-jogo, iria fazer o 0-2, erradamente validado. Dois minutos depois, o Manchester United haveria de conseguir aquilo que de melhor iria fazer em todo o jogo: reduzir diferenças. Nani, que entretanto fora lançado em jogo, assumiria um papel preponderante na reacção da sua equipa. O português trabalhou bem e centrou rasteiro para Cech fazer defesa incompleta, bem aproveitada por Macheda. Com este resultado, o Chelsea está de regresso ao topo mas nada está decidido em Inglaterra.