O futebol é mesmo assim. No jogo contra a Dinamarca, Portugal dominou, jogou e fez jogar, rematou, num jogo empolgante, mexido e de emoções fortes, especialmente na primeira parte. Contudo, não conseguiu marcar mais de um golo, o que deixou um amargo na boca e apenas deu um ponto na classificação quando o merecido era os três. Ontem, no jogo em Budapeste frente á Hungria, assistiu-se a um jogo que foi um verdadeiro hino ao anti-espectáculo, tão mal jogado que não lembra um Naval x Vitória de Setúbal para a Taça da Liga. A exibição de Portugal esteve longe de ser brilhante, nem chegou aos calcanhares da réplica produzida em Copenhaga, e muito menos em número escandaloso de remates, e por consequência directa, ao rácio baixíssimo de eficácia remate/golo, mas contra a selecção que apareceu em campo sobre a designação de Hungria (citando o comentador da rádio, pergunto-me se aquela era a mesma selecção que antes do jogo de ontem estava em segundo lugar do grupo), pouco mais poderia ter feito. Creio que é de consenso geral que o que interessava aqui mesmo eram os três pontos. Foi isso que aconteceu, e agora os últimos dois embates, novamente frente á Hungria e de seguida frente á Malta, serão jogados em Portugal, o que pode ser uma motivação extra para que a selecção consiga fazer o pleno nestes últimos dois jogos.
O dia de ontem teve inúmeras nuances que acredito terem sido uma mais-valia para o futuro próximo de Portugal. Vejamos:
Entretanto, e deixando agora de parte a selecção nacional, viremo-nos para o campeonato nacional. Após a sua interrupção temporária, devido aos compromissos internacionais da maioria das selecções mundiais, é já este fim-de-semana que regressa a rotina dos jogos dos clubes portugueses, e também a meio da semana para os clubes que disputam as competições europeias. Horário sobrecarregado que marca o início da Champions League e Europa League, que conta com a participação dos três grandes e o Nacional, estreante nestas andanças.
Começando pelo FC Porto, não será um ciclo de jogos fáceis para os dragões. Leixões em casa, Chelsea e Braga fora e Sporting e Atlético de Madrid novamente em casa marcam um mês infernal para o Porto, que tem ainda a condicionante de vários jogadores estarem sujeitos á habitual fadiga quando jogam pelas selecções e clubes num curto espaço de tempo (Rodriguez, Fucile, Alvaro Pereira, Raul Meireles, Bruno Alves, Falcao e Guarin).
O Leixões é, dentro deste grupo, o mal menor de Jesualdo Ferreira, que poderá aproveitar para utilizar jogadores que tenham maior frescura física de momento (Valeri, Tomas Costa, Mariano, Varela, Hulk, Maicon…), mas convêm não esquecer que os matosinhenses pertencem ao restrito lote de equipas que derrotaram o Porto em casa na última época, sendo que foram a única equipa portuguesa a fazê-lo.
O Chelsea (ou era o Arsenal? Ai ai desanimado) traz o Porto de volta a Inglaterra, e pode muito bem vir a ser o jogo mais complicado da época por vários motivos que passo a enunciar: um Porto na sua melhor forma encontra-se geralmente a meio da época e a três ou mais pontos dos concorrentes directos, ao passo que o Chelsea começa a época de forma demolidora, depois acalma, e por fim termina outra vez em máxima força; a carga de jogos não beneficia o Porto, ao passo que o Chelsea e as equipas inglesas já consideram tal um habitué; por fim, já se sabe o historial do Porto em jogos realizados em Inglaterra, que é um país enguiço para os dragões.
Segue-se o Braga, equipa que é o actual líder isolado da Liga Sagres, e que não se faz de rogado perante os grandes, assumindo-se como uma equipa tradicionalmente difícil de bater. Antes do desafio diante do Porto, o Braga enfrenta o Marítimo num jogo que destaco pela hora a que se vai realizar, 11:15h, uma hora que considero excelente para se realizarem jogos, que seguramente leva mais assistência a um estádio do que jogos ao Domingo às 21:00h. Alias, jogos de manhã já se organizam em Inglaterra há muitos anos, e acho que nem vale a pena comparar as organizações da FPF e FA.
O Benfica, elevado a estatuto de concorrente número 1 ao título pela comunicação social após uma vitória choruda diante de um Setúbal que durante o defeso mais parecia um casting da TVI, enfrenta no Restelo o Belenenses, equipa que está uns furos acima do congénere da época passada, e que conta entre as suas fileiras jogadores como Yontcha, que começou a época de forma sensacional, e Fredy Adu, o puto americano prodígio que após uma época quase parado no Mónaco regressa a Portugal para tentar marcar presença no Mundial 2010, onde os EUA estão com meio pé. Aproveito para questionar como é que um jogador destes, que sempre que foi chamado ao onze encarnado cumpriu, e bem, é emprestado a um Belenenses quando no plantel principal permanecem Carlos Martins e é contratado Menezes. Já nas competições europeias o Benfica enfrenta o BATE Borisov para a Europa League, que sob este novo formato foi transformada numa mini-Liga dos Campeões. O BATE não é propriamente um colosso europeu, logo o Benfica deve conseguir trazer com facilidade uns pontinhos importantes para o ranking.
Já o Sporting recebe o Paços de Ferreira e tenta não perder mais terreno para os principais rivais, que já estão a dois pontos de distância. Este jogo pode, de resto, marcar a estreia de Angulo no onze inicial, contratação feita a contar já com a sua enorme experiência internacional, e que acredito que possa fazer a diferença no plantel do Sporting. Não fosse o problema das laterais (Pedro Silva e André Marques não são exactamente portentos do futebol) e acredito que o Sporting pudesse fazer uma grande época. Ainda há tempo para melhorar, apesar de tudo. Já na Europa League o adversário é o Heerenveen, que desde que perdeu Pranjic para o Bayern tem estado muito abaixo do seu nível habitual.
Para finalizar esta crónica queria ainda abordar um tema que tomei conhecimento a partir daqui, no “Negócios do Futebol”, e que se prende com o projecto da “Sporting TV”. Creio que a criação de um canal exclusivamente de um clube, projecto que fora primeiramente consumado em Portugal pelo Benfica, é uma excelente iniciativa e espero que se concretize rapidamente, e que depois se siga um "Porto TV", ou então que o Porto Canal possa passar a ser parceira do FC Porto como já se falou. Apoio isto simplesmente porque é um atentado às receitas ver como a Olivedesportos e a Sport TV manipulam os contractos dos direitos de imagem dos clubes portugueses, tendo o lucro que têm. É ridículo. Por exemplo, o Tottenham, clube que na temporada passada acabou a meio da tabela da Premier League, e que provavelmente não tem mais adeptos que nenhum dos três grandes, recebe mais em direitos televisivos que os clubes da Liga Sagres e Vitalis TODOS juntos, e nem sequer joga nas competições europeias. Com a criação de canais independentes, os clubes passam a ter uma margem negocial muito maior sobre os seus direitos de imagem. Podem exigir o preço justo pela transmissão de jogos, e caso a Olivedesportos/Sport TV não aceite, passam o jogo no canal do clube, coisa que por exemplo o Nacional não pôde fazer após não chegar a um consenso para transmitir o Nacional x Zenit. E claro, mesmo transmitindo jogos em diferido, como a SIC fez nos jogos do Benfica contra o Vorskla Poltava, os clubes continuam a fazer dinheiro. E isto fora as receitas em publicidade, etc. É uma área que neste momento está sub-explorada pelos clubes portugueses á excepção do Benfica e que é controlada tal como um monopólio de petróleo pela “máfia” da Olivedesportos, que até as horas dos jogos consegue controlar. Se estes projectos fossem avante seria uma bonita estalada de luva branca nesses senhores. Como referi, as vantagens que os canais podem trazer são imensas. Os lucros aumentam, e consequentemente a competitividade dos clubes portugueses lá fora também. E é isso que se quer, não é?
O dia de ontem teve inúmeras nuances que acredito terem sido uma mais-valia para o futuro próximo de Portugal. Vejamos:
- A Dinamarca empatou contra a Albânia, o que garante que o jogo frente á Suécia, de extrema importância para Portugal, vai ter que ser muito disputado, pois a Dinamarca quer ganhar ou empatar para garantir o primeiro lugar do grupo, resultados que servem Portugal, e para isso não vai poder dormir “á sombra da bananeira”, tendo que partir para cima da Suécia.
- A Suécia teve um desempenho sofrível frente á Malta, que convêm lembrar que é o ultimo classificado do grupo, e mostrou que se jogar assim, pode ser presa fácil para a Dinamarca, que é o que todos queremos. Além disso, Ibrahimovic joga para a Suécia como Ronaldo para Portugal. Para mim, se Marcus Berg não for lançado no jogo, a Dinamarca tem pontos garantidos neste duelo nórdico.
- O melhor em campo e o autor do golo foi Pepe, brasileiro naturalizado português, o que mais uma vez envia outra autêntica “patada na boca”, passe a redundância, naqueles que têm durante as últimas semanas praticado uma onda de escárnio e maldizer contra os naturalizados. O que preferem, ser arredados do Mundial ou marcar presença com um par de brasileiros no equipa? E aliás, o modo como Pepe festejou o golo diz muito nas entrelinhas.
- O resultado de ontem garantiu que caso Portugal seja o segundo classificado, e consequentemente o repescado do grupo para os Play-offs, não será o pior segundo classificado da zona Euro, pois para tal acontecer, a Escócia teria que ganhar por 6-0 á Holanda, o que escusado será dizer, é impossível.
Entretanto, e deixando agora de parte a selecção nacional, viremo-nos para o campeonato nacional. Após a sua interrupção temporária, devido aos compromissos internacionais da maioria das selecções mundiais, é já este fim-de-semana que regressa a rotina dos jogos dos clubes portugueses, e também a meio da semana para os clubes que disputam as competições europeias. Horário sobrecarregado que marca o início da Champions League e Europa League, que conta com a participação dos três grandes e o Nacional, estreante nestas andanças.
Começando pelo FC Porto, não será um ciclo de jogos fáceis para os dragões. Leixões em casa, Chelsea e Braga fora e Sporting e Atlético de Madrid novamente em casa marcam um mês infernal para o Porto, que tem ainda a condicionante de vários jogadores estarem sujeitos á habitual fadiga quando jogam pelas selecções e clubes num curto espaço de tempo (Rodriguez, Fucile, Alvaro Pereira, Raul Meireles, Bruno Alves, Falcao e Guarin).
O Leixões é, dentro deste grupo, o mal menor de Jesualdo Ferreira, que poderá aproveitar para utilizar jogadores que tenham maior frescura física de momento (Valeri, Tomas Costa, Mariano, Varela, Hulk, Maicon…), mas convêm não esquecer que os matosinhenses pertencem ao restrito lote de equipas que derrotaram o Porto em casa na última época, sendo que foram a única equipa portuguesa a fazê-lo.
O Chelsea (ou era o Arsenal? Ai ai desanimado) traz o Porto de volta a Inglaterra, e pode muito bem vir a ser o jogo mais complicado da época por vários motivos que passo a enunciar: um Porto na sua melhor forma encontra-se geralmente a meio da época e a três ou mais pontos dos concorrentes directos, ao passo que o Chelsea começa a época de forma demolidora, depois acalma, e por fim termina outra vez em máxima força; a carga de jogos não beneficia o Porto, ao passo que o Chelsea e as equipas inglesas já consideram tal um habitué; por fim, já se sabe o historial do Porto em jogos realizados em Inglaterra, que é um país enguiço para os dragões.
Segue-se o Braga, equipa que é o actual líder isolado da Liga Sagres, e que não se faz de rogado perante os grandes, assumindo-se como uma equipa tradicionalmente difícil de bater. Antes do desafio diante do Porto, o Braga enfrenta o Marítimo num jogo que destaco pela hora a que se vai realizar, 11:15h, uma hora que considero excelente para se realizarem jogos, que seguramente leva mais assistência a um estádio do que jogos ao Domingo às 21:00h. Alias, jogos de manhã já se organizam em Inglaterra há muitos anos, e acho que nem vale a pena comparar as organizações da FPF e FA.
O Benfica, elevado a estatuto de concorrente número 1 ao título pela comunicação social após uma vitória choruda diante de um Setúbal que durante o defeso mais parecia um casting da TVI, enfrenta no Restelo o Belenenses, equipa que está uns furos acima do congénere da época passada, e que conta entre as suas fileiras jogadores como Yontcha, que começou a época de forma sensacional, e Fredy Adu, o puto americano prodígio que após uma época quase parado no Mónaco regressa a Portugal para tentar marcar presença no Mundial 2010, onde os EUA estão com meio pé. Aproveito para questionar como é que um jogador destes, que sempre que foi chamado ao onze encarnado cumpriu, e bem, é emprestado a um Belenenses quando no plantel principal permanecem Carlos Martins e é contratado Menezes. Já nas competições europeias o Benfica enfrenta o BATE Borisov para a Europa League, que sob este novo formato foi transformada numa mini-Liga dos Campeões. O BATE não é propriamente um colosso europeu, logo o Benfica deve conseguir trazer com facilidade uns pontinhos importantes para o ranking.
Já o Sporting recebe o Paços de Ferreira e tenta não perder mais terreno para os principais rivais, que já estão a dois pontos de distância. Este jogo pode, de resto, marcar a estreia de Angulo no onze inicial, contratação feita a contar já com a sua enorme experiência internacional, e que acredito que possa fazer a diferença no plantel do Sporting. Não fosse o problema das laterais (Pedro Silva e André Marques não são exactamente portentos do futebol) e acredito que o Sporting pudesse fazer uma grande época. Ainda há tempo para melhorar, apesar de tudo. Já na Europa League o adversário é o Heerenveen, que desde que perdeu Pranjic para o Bayern tem estado muito abaixo do seu nível habitual.
Para finalizar esta crónica queria ainda abordar um tema que tomei conhecimento a partir daqui, no “Negócios do Futebol”, e que se prende com o projecto da “Sporting TV”. Creio que a criação de um canal exclusivamente de um clube, projecto que fora primeiramente consumado em Portugal pelo Benfica, é uma excelente iniciativa e espero que se concretize rapidamente, e que depois se siga um "Porto TV", ou então que o Porto Canal possa passar a ser parceira do FC Porto como já se falou. Apoio isto simplesmente porque é um atentado às receitas ver como a Olivedesportos e a Sport TV manipulam os contractos dos direitos de imagem dos clubes portugueses, tendo o lucro que têm. É ridículo. Por exemplo, o Tottenham, clube que na temporada passada acabou a meio da tabela da Premier League, e que provavelmente não tem mais adeptos que nenhum dos três grandes, recebe mais em direitos televisivos que os clubes da Liga Sagres e Vitalis TODOS juntos, e nem sequer joga nas competições europeias. Com a criação de canais independentes, os clubes passam a ter uma margem negocial muito maior sobre os seus direitos de imagem. Podem exigir o preço justo pela transmissão de jogos, e caso a Olivedesportos/Sport TV não aceite, passam o jogo no canal do clube, coisa que por exemplo o Nacional não pôde fazer após não chegar a um consenso para transmitir o Nacional x Zenit. E claro, mesmo transmitindo jogos em diferido, como a SIC fez nos jogos do Benfica contra o Vorskla Poltava, os clubes continuam a fazer dinheiro. E isto fora as receitas em publicidade, etc. É uma área que neste momento está sub-explorada pelos clubes portugueses á excepção do Benfica e que é controlada tal como um monopólio de petróleo pela “máfia” da Olivedesportos, que até as horas dos jogos consegue controlar. Se estes projectos fossem avante seria uma bonita estalada de luva branca nesses senhores. Como referi, as vantagens que os canais podem trazer são imensas. Os lucros aumentam, e consequentemente a competitividade dos clubes portugueses lá fora também. E é isso que se quer, não é?
Texto de Francisco Carvalho para o Negócios do Futebol.
8 comentários:
mais vale ganharmos os próximos jogos jogando mal, que jogando bem, fazer 20 remates e perder ou empatar...
o problema e qe qem financia esses canasi e a pt qe possivelmente ficara com muitas receitas desses jogos porqe sao eles qe investem
sim, a vantagem não são as receitas directas, mas as receitas provenientes da publicitação dos produtos e divulgação da marca dos clubes. Quem ganha é quem investe, neste caso, em Portugal, é a PT.
Cumps
Caro Sr. Anónimo 1
Concordo, e se ler a frase em que digo "Creio que é de consenso geral que o que interessava aqui mesmo eram os três pontos. Foi isso que aconteceu (...)" verá que é exactamente isso que defendo na cronica.
Caro Sr. Anónimo 2 e 3
Sim, a PT também realiza encaixes poderosos, mas eu pessoalmente prefiro ver a PT lucrar, digamos, 40% (nem sei se será tanto) das receitas totais do clube ganhas através do canal, sendo que os restantes 60% ainda devem contabilizar seguramente cerca de 10 milhoes por ano, incluindo uma maior angariação de sócios e lugares cativos no estádio, do que ver a Sport TV pagar cerca de 15 milhoes divididos pelos 3 grandes pelos direitos todos de imagem durante um ano.
Cumprimentos
Eu quando disse que mais valia ganhar, não estava a discordar de si, mas a concordar consigo. Por outro lado, acho que as TV's são um bom investimento, visto que não são os clubes que pagam, revertendo apenas para estas instituições aquilo que ganhem com as vendas dos seus produtos. No fundo é uma maneira de Marketing. A PT também sai a ganhar pois vender o canal às pessoas que o querem ver.
Já agora parabéns ao blog por esta boa "aquisição". Este cronista é uma pessoa com ideias firmes e coerentes, ao contrarios de muitos pseudo-jornalistas e pseudo-comentadores que andam para a aí a dar a sua opinião.
Ah, peço desculpa então pois interpretei incorrectamente. Sim, claro, as TV´s podem trazer muitos benefícios monetários aos clubes, além de aproximar adeptos de todo o mundo através do canal do clube. A PT sai a ganhar, mas o clube também sai a ganhar muito mais comparativamente ao que lucra actualmente com os contractos da Olivedesportos.
Quanto aos comentadores desportivos, acho que ganhar dinheiro para fazer jornalismo desportivo sobe à cabeça de muitos, que aproveitam o facto para destilar veneno contra tudo o que é rival e instalar entre adeptos as "opiniões compradas". Leonor Pinhão e Gobern são bons exemplos disto. Aliás, se existirem mais do que dois ou três comentadores que de facto sejam imparciais (de instância só me lembro de Luis Freitas Lobo e Manuel Sergio), já é muito. Já me deparei mais que uma vez com pessoas a utilizar argumentos com pouca coerência, mas como tinham sido produzidos por comentadores desportivos, já eram mais importante do que qualquer outro. Fico pelo menos satisfeito que ainda existam pessoas que atribuam pouca credibilidade, perdoem-me o termo, a essa corja.
Realmente, eu prefiriria, como adepto do FC Porto, que houvesse um clube que passasse apenas os jogos do FC Porto e as restantes noticias do clube pagando cerca de 5 euros por mês, em vez de estar a pagar quase 30 euros para ver jogos para além deste na SPort TV. Assim todos lucravam. Os Clubes seriam mais bem pagos pelos direitos televisivos e deixaria de haver monopolização por parte da Olivedesportos(contudo penso que o contrato só terminará em 2012 ou 2013). O Problema são os clubes mais pequenos, que tendo uma base de adeptos mais pequenos, não seriam alvo de transmissão em canal próprio, podendo por isso perder algum rendimento(embora actualmente ganhem muito pouco).
Por isso penso que estas opções deveriam ser ponderadas brevemente de maneira a dinamizar o futebol português e a torná-lo mais competitivo, já que uma equipa de meio da tabela de Inglaterra recebe tanto de direitos televisivos como todas as equipas da Sagres e Vitalis juntas, Porto Benfica e Sporting incluídos. Salvo erro são cerca de 40 milhões de euros ( Corrijam-me se estiver enganado)
Cumprimentos.
Sr. Anónimo, provavelmente não se pagaria 5 euros por mês. O canal seria integrado num dos pacotes da televisão por cabo, como a Meo ou Zon, e não haveria custos adicionais, tal como a Benfica TV actualmente.
O contrato com a Olivedesportos termina em 2013. Por isso até lá não haverá grande pressa em criar canais novos, pois os direitos de imagem estão lá retidos. O máximo que se pode fazer é passar jogos europeus, uma fez que esses são negociados jogo a jogo e não por base num contrato, e passar os jogos da liga em diferido.
Quanto aos clubes mais pequenos, esses continuariam a receber dinheiro. Repare que os clubes recebem os direitos televisivos pelos jogos em casa, e apenas uma pequena percentagem pelos jogos fora. Logo, se um "Benfica TV", "Sporting TV" ou "Porto TV" quisesse proceder à recolha de imagens no recinto de um clube que não o proprietário do canal, teria que pagar por isso. Aliás, se calhar os clubes mais pequenos até receberiam mais dinheiro, porque haveria uma disputa entre a Sport TV e os canais individuais pelos direito de gravar os jogos. Quem pagasse mais, ficava com os direitos. Esta medida é benéfica para todos menos a Sport TV, o que não me causa muita pena para ser sincero. Aliás, aviso já que para aqueles que tem Sport TV só para ver os jogos nacionais, se calhar não seria má ideia começar a pensar em revogar a assinatura...
Sim, tal como eu tinha dito na crónica, uma equipa de meio de tabela da EPL recebe tanto como os clubes portugueses todos juntos. Quanto ao valor, creio que é cerca de 15 milhões a distribuir pelos três grandes, mais o acréscimo dos jogos europeus, e cerca de 20 milhões a distribuir por todos os mais pequenos. Por isso se formos a ver, um Leixões ou uma Naval recebe cerca de 300 mil euros pelos jogos todos de uma época. Já um recém promovido Wolves de Inglaterra, recebe perto de 8 milhões. Dá que pensar...