Portugal empata com Macedónia e deixa muito a desejar

 Portugal voltou a dar a conhecer a faceta que mais vezes mostra nos jogos contra selecções teoricamente mais débeis: a da indolência e da lentidão. Contra a Macedónia, os comandados de Paulo Bento não saíram de um entretido nulo. Seria menos mau se assim fosse. Pois bem, a verdade é que de entretido o jogo não teve nada. A espaços viu-se Cristiano Ronaldo em jogo e pouco mais. O meio-campo nunca na partida conseguiu acelerar o jogo como se pedia; o avançado, fosse ele Hélder Postiga, o titular, Hugo Almeida, ou Nélson Oliveira, não tinha bola, logo também o homem daquela posição foi uma nulidade.

Bento lançou em jogo Beto, Rolando, Rúben Micael e Quaresma, procurando observar o comportamento destes jogadores. Curiosamente, falamos de jogadores, tirando o guardião do FC Porto, que tiveram uma temporada atribulada ao serviço dos seus clubes. O primeiro tempo trouxe muita parra, mas pouca uva, numa altura em que já se devia estar a engarrafar o vinho, inclusive. Tirando os remates de longe de Ronaldo e um outro de Postiga à figura do guarda-redes da Macedónia, nada mais existiu nestes 45 minutos. Nas duas balizas, porque os macedónios foram uma nulidade nesta etapa.

O segundo tempo trouxe mais do mesmo. As mexidas pouco ou nada trouxeram ao encontro. Raul Meireles acelerou um pouco as coisas, Nélson Oliveira tem a ajuda de ter criado uma empatia com o público que poucos conseguem no espaço de tempo que o benfiquista tem de seleção A, então o que a jovem promessa faz é sempre bem visto pela assistência. A verdade é que Oliveira faz mesmo as coisas bem e vai reclamando legitimamente um lugar ao sol no onze de Paulo Bento. Certo é que é urgente que, já contra as Turquia, as coisas sejam diferentes se queremos chamar legítimas às aspirações que temos para o Euro.