FCPorto24 - O Funcionário e a Virgem Ofendida
Por Vítor Vaz
Preferia estar hoje aqui a congratular a equipa de basquetebol do FCP pela vitória no campeonato. Mas sabemos que a vitória não aconteceu. Apesar de boas exibições nos jogos anteriores da final, acabámos por sair derrotados no Dragão Caixa.
Não sendo assíduo espectador de basquetebol, nem especialista no seu comentário, não me posso inclinar tanto na análise técnica do jogo. Retenho na memória um jogo pobre, em que ambas as equipas falharam muito e em que os nossos jogadores não tiveram à altura das suas capacidades. Denoto na parte final a quantidade de lançamentos falhados, a perda de bolas no ataque e até uma violação do tempo de ataque quando se precisava de anular a desvantagem.
Também sei que hoje, muito provavelmente, não estaria a escrever sobre basquetebol se não tivessem ocorrido no final do jogo certos acontecimentos, que sabemos hoje terem acendido um novo rastilho na batalha com os vermelhos.
Em primeiro lugar, não possuo informações suficientes para comentar a actuação da polícia ou dos “stewarts” face aos adeptos do FCP no Dragão Caixa. Até condeno quaisquer estragos que os nossos adeptos possam ter feito nas bancadas do nosso pavilhão, e como referi na crónica passada, não costumo concordar com exaltações exageradas nem com ânimos demasiado acesos. Mas dou a mão à palmatória ao fantástico apoio que deram à equipa ao longo de todo o jogo (o que o próprio Nuno Marçal fez questão de agradecer). Porque custa estar em desvantagem, custa perder, e eles estiveram lá com força, com garra e com amor ao clube!
Mas qual a anormalidade de alguns adeptos se exaltarem quando perdem um campeonato em casa? Não é um acontecimento comum, em todos os desportos e em todos os países do mundo? Não é comum, sobretudo em casos óbvios de rivalidade? Só os de memória curta se podem queixar ou utilizar tal facto para se promoverem a eles ou às instituições que representam.
A verdadeira anormalidade que assisti no Dragão Caixa foram os festejos incendiários e desrespeitosos dum funcionário e representante do clube vermelho chamado Carlos Lisboa. Não foi a exaltação de uma vintena de adeptos Portistas. Não foi a pobre actuação da nossa equipa (na altura ainda a defender o titulo). A verdadeira vergonha foi o gesto repetido de “tomem no cu” (e desculpem-me a expressão, mas é a única que define verdadeiramente a intenção do gesto) na nossa casa, à frente dos nossos adeptos, da nossa equipa e da nossa direcção!
E no dia seguinte que vejo eu na comunicação social? Vejo uma virgem ofendida a fazer mais uma declaração de guerra. A ler mais um belo texto incendiário (porque nem capacidade para o formular deve ter!) e a ter todo o destaque na imprensa portuguesa (como não deixa de ser costume).
Conseguirá essa virgem casta e ofendida ter noção do que seria André Villas Boas festejar assim quando ganhámos o campeonato na luz? Ou Vitor Pereira quando vencemos este ano? Mas alguém no seu bom senso poderá compreender como este Kim Jong-Il de véu vermelho decide iniciar uma guerra que não pode vencer?
Termino esta crónica, aproveitando um excerto da magnífica e inteligente resposta dos responsáveis do FCP, que infelizmente não teve o mesmo destaque na imprensa:
Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que ainda levam a sério o leitor. Em 2003:”O Benfica será mais forte do que o Real Madrid”. Em 2005: “Vamos arrasar na Europa”. E em 2006:”Depois do Verão, seremos o maior clube do mundo”. Largos dias têm os Invernos…
1 comentários:
cá para mim não deves ter tv ,ou sera que não viste o VP quando marca o 3º golo na luz virar-se para as bancadas e dizer"" tomai filhos da puta " por essa ordem de ideias tinhamos de ter matado lá todos .quando toca em gozar os outros é tudo muito bonito quando são os outros a gozarem connosco é que é o diabo.