Japão sagra-se campeão mundial



Fez-se história em Frankfurt, com as japonesas a erguerem pela primeira vez o título de campeãs do Mundo, após vencerem nas grandes penalidades as congéneres norte-americanas, por 3-1, após o empate a duas bolas registado no fim dos 120 minutos. A selecção asiática levantou o troféu mundial, tendo superado equipas que à primeira vista eram vistas como favoritas, como a anfitriã Alemanha, Suécia e mesmo os Estados Unidos, que contam já com dois campeonatos do mundo.

O jogo foi bastante emocionante, mas os golos só surgiram na segunda parte. Alex Morgan, que havia entrado no decorrer do segundo tempo, abriu o marcador aos 69 minutos. A avançada dos New York Flash imprimiu uma nova dinâmica no corredor esquerdo das norte-americanas e foi fundamental nos dois golos da equipas. Porém, a dez minutos do término do tempo regulamentar as asiáticas alcançaram a igualdade por intermédio de Myama. Com 1-1 no placar, o jogo avançou para prolongamento.

Sawa: "Nem parece realidade"

À imagem do que havia acontecido nos 90 minutos iniciais, foi a selecção americana a adiantar-se no marcador. Abby Wambach respondeu ao cruzamento milimétrico de Alex Morgan com um cabeceamento fulminante que repôs a vantagem dos Estados Unidos. No entanto, aos 27 minutos do prolongamento, o génio de Sawa tratou de recolocar o marcador empatado, levando o jogo à decisão das grandes penalidades.

Hope Solo, considerada a melhor guarda-redes do torneio, não foi capaz de parar os disparos das japonesas que festejaram efusivamente o primeiro título mundial, devendo bastante à força colectiva, mas também à genialidade de Sawa, que somou as distinções de Melhor Jogadora e Melhor Marcadora, com cinco golos apontados.



No terceiro lugar ficou a Suécia, depois de ter batido a França por duas bolas a uma. Lotta Schelin colocou as nórdicas em vantagem à passagem da meia-hora, após um passe em profundidade Dahlkvist. No lance, a guarda-redes Sapowicz ficou magoada e teve mesmo de sair. No entanto o golo veio um pouco contra a corrente do jogo, já que a França dominava quase por completo a partida. Ainda assim, a resposta das francesas não se fez esperar e Abily e Thiney foram das menos resignadas por parte das gaulesas.

Mas o golo francês só surgiu na segunda parte, por intermédio de Thomis, que havia entrado para o lugar da tecnicista Necib. Estavam cumpridos 66 minutos e as francesas ganhavam um novo ânimo. Porém as suecas foram mais profícuas e beneficiaram de uma maior eficácia ao nível da finalização, acabando por chegar ao golo da vitória. Hammarström armou um grande remate de fora da área e a bola só parou quando atingiu o canto superior direito da baliza defendida por Deville.