O FC Porto lá passou à quinta eliminatória da Taça de Portugal. Ainda assim cumpriram-se as expectativas de André Villas-Boas quanto a um jogo complicado frente a uma equipa que vendeu cara a derrota, impulsionado pelo seu público e muito organizado defensivamente. De tal forma que o golo teria de partir do banco com o jogo já numa fase adiantada. Falcao foi o homem de serviço.
Há que dar os parabéns e reconhecer o mérito ao Moreirense. De regresso aos jogos com os grandes, os "axadrezados" não se fizeram rogados e deram muito boa réplica. De tal forma que tiveram um golo mal invalidado e, tendo claramente menos ataques que o Porto e não exercendo domínio no jogo, mostraram quase sempre uma boa concentração defensiva. Os primeiros minutos mostraram pouco brilhantismo portista e até uma certa deficiência ao nível das ferramentas para furar a defesa do Moreirense. Hulk estava incansável a tentar furar, a arrancar faltas. No fundo, a agitar as águas azuis-e-brancas. Ao meio, Moutinho e Belluschi primavam pela capacidade de trabalho mais propriamente do que pela fantasia. Mas era precisamente no meio que o Moreirense fechava muito bem e, sempre que a bola ia para as linhas aparecia um médio pelo menos a ajudar o lateral.
O Moreirense não arriscava, não criava perigo, mas o Porto só conseguiu rematar à meia hora. Dois maus passes de Emídio Rafael provocaram calafrios na defesa portista e empolgaram os homens da casa. Um pormenor negativo naquele que pode, em grande parte dos jogos, ser o substituto do lesionado Álvaro Pereira. Depois, Antchouet veria um golo ser-lhe muito mal invalidado por pretenso fora-de-jogo. Paulo Baptista equilibraria os erros ao não assinalar um penalty por falta sobre Hulk e já perto do intervalo Belluschi, um dos elementos em destaque no Porto, poderia ter feito o primeiro.
No segundo tempo de novo o "Samurai" em destaque. Grande disparo que Roberto Tigrão desviou para a barra. Na recarga Falcao fez um golo pleno de oportunidade.As alterações produzidas por André Villas-Boas surtiram efeito. Micael entrou para o lugar de Walter e o meio-campo ganhou um desenho diferente, assim como a organização defensiva do Moreirense: o primeiro para melhor, o segundo para pior. O resultado foi que o Porto passou o resto do jogo tranquilo, consciente de que o Moreirense não dispunha de meios para marcar um golo e levar o jogo para prolongamento.
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