Internacional é Rei de América

AP Photo/Silvia Izquierdo

O Internacional de Porto Alegre conquistou, na última madrugada, a Taça Libertadores. A equipa brasileira é bicampeã na América do Sul depois de ter vencido, no Beira-Rio, o Chivas de Guadalajara por 3-2. Com a vitória na primeira mão, o "Colorado" conseguiu vencer os mexicanos por 5-3.

Bola ao centro e oportunidade para o Inter que, a jogar perante o seu público, queria partir rapidamente para um resultado confortável. O Chivas não se desorganizava na sua defesa, assim como o Internacional não desistia de atacar. Os mexicanos realizavam uma marcação cerrada sob o portador da bola e os brasileiros não conseguiam fazer a bola passar pelo meio-campo onde morava, por exemplo, D'Alessandro. Só aos 15 minutos os homens do sector intermediário começaram a aparecer. E em boa hora o fizeram para os da casa, visto que a qualidade e fluência do seu jogo logo se alterou. Para melhor. As oportunidades sucediam-se para o Inter e o golo parecia apenas uma questão de tempo. O Chivas só contrariava o domínio da equipa de Porto Alegre, em venenosos contra-ataques. Contudo, essas jogadas levavam muito perigo À baliza brasileira, devido à grande quantidade de jogadores sem preocupações defensivas. E foi precisamente numa dessas jogadas que nasceria o primeiro golo da partida, o único até ao intervalo. Omar Bravo lançou a bola na área e Fabián aproveitou a atrapalhação na defesa da casa para abrir o placard.

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Precisando de apenas mais um golo para se colocar em vantagem na final da competição, o Chivas apareceu no segundo tempo mais expectante. Não incomodado com tal postura e de certa forma até se sentido confortável com ela, o Internacional alugou o seu meio-campo e instalou-se no do adversário. E essa pressão surtiu finalmente efeito. Kleber apareceu no bico da grande área e cruzou. Rafael Sóbis antecipou-se ao guarda-redes Michel e empatou o jogo. O golo não sossegou, no entanto, os jogadores do Inter. Bem pelo contrário. Tendo a consciência de que com um golo do Chivas a eliminatória estava empatada, procuraram de novo mais um golo. Só a um quarto de hora do fim, o Chivas esqueceu o conservadorismo e lançou-se no ataque. Essa mudança abriu mais espaços e os brasileiros iriam aproveitá-los. Mas, aos 76', Leandro Damião que tinha rendido Sóbis, recebeu em velocidade e rematou para o segundo. O Internacional acariciava já o mais ambicionado troféu da América do Sul.

O Chivas não conseguiu suportar o jogo de trocas de bola constantes e certas que os adversários faziam e viram Arellano ser expulso por falta sobre D'Alessandro. Era a gota de água. Dificilmente os mais cépticos na vitória do Inter acreditariam numa reviravolta azteca. Já em cima do apito final, Giuliano marcou um golaço e o Chivas reduziu já nos descontos, mas a festa era mesmo brasileira e pintava-se unicamente de Vermelho.