Puyol atira Espanha para a final


A Espanha vai defrontar a Holanda numa final inédita do Campeonato do Mundo, agendada para domingo, em Joanesburgo, depois de um tento de Carles Puyol a 13 minutos do fim do desafio de Durban ter posto a selecção “roja” formação pela primeira vez no jogo decisivo da competição.

Numa reedição da final do Euro 2008, ganha igualmente pelos espanhóis, a equipa de Vicente del Bosque pode tentar juntar a conquista do ceptro mundial ao da Europa, feito conseguido anteriormente pelos germânicos (1972 e 1974) e pela França (1998 e 2000), enquanto à tricampeã mundial (1954, 1974 e 1990) resta-lhe igualar no sábado, ante o Uruguai, o registo de há quatro anos, quando se quedou no terceiro lugar do certame que organizou, ao bater Portugal. A Espanha, quarta classificada na prova em 1950, entrou decidida a dominar a “mannschaft” no início da partida e criou perigo logo aos seis minutos, quando um passe de Pedro Rodríguez – titular em vez de Fernando Torres – quase proporcionou o golo a David Villa. No entanto, o mais recente dianteiro do FC Barcelona (que, sem contar com ele, contou com seis elementos titulares) viu o guarda-redes Manuel Neuer negar-lhe os intentos.



Perto do quarto-de-hora, no seguimento de um pontapé de canto curto, Andrés Iniesta cruzou tenso e Carles Puyol surgiu a cabecear por cima da trave no limite da pequena área germânica, pouco antes de Sergio Ramos errar também o alvo. A Espanha conseguiu manter o adversário longe de Casillas e, exceptuando no cantos, apenas dois minutos depois da meia-hora o guarda-redes do Real Madrid se viu obrigado a intervir, num pontapé de longe de Piotr Trochowski – aposta de Löw para o lugar do castigado Thomas Müller – defendido com dificuldade pelo capitão da selecção “roja”. Numa etapa inicial com apenas cinco faltas, a primeira das quais somente ao minuto 27, pertenceu também à Espanha a última tentativa de visar a baliza adversária, nos descontos para o intervalo, mas o remate de longa distância de Pedro acabou nas mãos seguras de Neuer. Após o reatamento, a Espanha teve quatro remates seguidos com perigo, dois da autoria de Xabi Alonso, um de Xavi Hernández e outro de Pedro, a coroar um lance em que Iniesta fugiu pela esquerda da área e ofereceu a Villa a possibilidade de marca, mas este não conseguiu a emenda à boca da baliza.

Aos 69 minutos, a Alemanha conseguiu finalmente sacudir a pressão espanhola quando Toni Kroos, entrado em campo pouco antes, surgiu solto de marcação na área e rematou de primeira para defesa apertada de Casillas. Os teutónicos não tinham sofrido qualquer golo na segunda parte dos jogos disputados em 2010, mas viram o registo terminar aos 73 minutos, quando Xavi apontou um canto e Puyol surgiu de rompante perto da marca de penalty a atirar para o fundo das redes de Neuer de cabeça. Pedro ainda desperdiçou o 2-0 a nove minutos do fim, quando tinha também Torres desmarcado na área, mas o resultado não sofreu mais alterações.