Entrevistando...Nuno Coelho


Nuno Coelho, médio de 22 anos da Académica, é o visado da rubrica Entrevistando... de hoje. Em conversa com o Negócios do Futebol o médio dos estudantes, actualmente a recuperar de uma lesão, respondeu a algumas questões colocadas.

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Como te defines como jogador? Quais as tuas maiores qualidades e defeitos?
Acho que sou um jogador de equipa, trabalhador e disponível. As minhas maiores qualidades são o posicionamento táctico, jogo aéreo e passe. Os meus defeitos são não subir muito terreno e, por isso, não poder ajudar muito no ataque.

Na época passada foste um elemento importante na Académica, tendo realizado 27 jogos na Liga. Quais as expectativas para esta época a nível pessoal e colectivo ?
A época passada foi, sem dúvida nenhuma, uma época muito positiva. Joguei sempre e conseguimos atingir os objectivos propostos na Académica. Este ano os objectivos são os mesmos: quero continuar a jogar o máximo número de jogos. Colectivamente, temos de pensar em grande e não contertarmo-nos apenas com a manutenção. Existe muita qualidade neste plantel, por isso temos de tentar ficar o mais acima possível. Não sei se vamos à Europa, mas pelo menos temos de andar pelos oito primeiros.

Que treinador te marcou mais?
Vítor Pontes e André Villas Boas.

Qual o momento mais alto da tua carreira?
O momento mais alto foi quando representei a selecção portuguesa sub-20 no Canadá.

No ano passado tiveste a oportunidade de jogar em Espanha, no Villarreal. O que aconteceu para te fazer voltar a Portugal?
Foi uma experiência positiva. Infelizmente, não correu como eu desejava. Fui para espanha no início da época passada, fiz a pré-época, mas depois deparei-me com um excesso de jogadores para a minha posição. Estávamos seis jogadores para um lugar. Como vi que iria ser complicado jogar decidi, juntamente com o meu amigo e empresário Ulisses Santos, regressar a Portugal. Surgiu a oportunidade de vir para Académica, um histórico de Portugal, e nem hesitei.

Se pudesses voltar atrás, mudarias alguma coisa na tua carreira?
Não. Faria tudo exactamente como até agora.

Quais as tuas maiores referências no futebol?
As minhas maiores referência actualmente são Xavi (Barcelona) e Xabi Alonso (Real Madrid). Do passado, não existe ninguém em especial que me tenha marcado.

Se pudesses escolher um qualquer clube ou Liga onde jogar, qual escolherias e porquê?
Gostava de jogar no Barcelona, porque é um clube que me fascina pela maneira como joga, pelo estilo de jogo, com muita posse de bola.

Que clube mais contribuiu para a tua maturação?
Cada clube por onde passei teve um momento importante no meu crescimento como jogador e também como homem. O Sporting da Covilhã foi o começo, depois seguiu-se o Porto, uma grande mudança na minha vida. Em seguida União de Leiria e Portimonense, que serviram essencialmente para eu crescer muito como pessoa. Hoje em dia, na Académica, sinto que estabilizei e sou um jogador mais completo que aquilo que era há uns anos.

Na tua opinião, quem foi o melhor jogador da Liga Sagres na época anterior?
O David Luiz, do Benfica.

Que equipas consideras favoritas à conquista do Mundial 2010?
Espanha e Argentina (à data as duas selecções encontravam-se em competição).

Já passaste pelas camadas jovens da selecção nacional. A Selecção AA é para ti um sonho alcançável?
Como a própria pergunta diz, é um sonho. Todos os jogadores que têm nacionalidade portuguesa têm o sonho de representar a nossa selecção AA e eu não fujo à regra. Apesar de saber que é um objectivo muito difícil, vou continuar a trabalhar para um dia poder chegar lá.

Já passaste pelo FC Porto e já trabalhaste com André Villas Boas na Académica. Como achas que será o desempenho dele nos dragões?
Já passei pelo FC Porto e sei que naquela casa a exigência é muito grande, para além de se querer bons resultados, os sócios e simpatizantes do clube exigem que a equipa pratique um futebol bonito. Na minha opinião, e como já trabalhei com o mister André Villas Boas, ele tem tudo para triunfar no Porto. É um treinador que gosta de pôr a equipa a jogar bem e ao mesmo tempo tem uma exigência muito grande para com os jogadores. Adora ganhar, é viciado em ganhar. Vai, sem dúvida nenhuma, triunfar.

Agradecemos ao Nuno Coelho a colaboração com o Negócios do Futebol e desejamos-lhe as melhores felicidades para sua carreira e uma boa recuperação. Dêem a vossa opinião acerca desta conversa e, caso tenham alguma pergunta a colocar, façam-no.