Ricardo Monsanto: Ligas de Topo


Prémios FIFA

Esta semana fica marcada pela atribuição dos prémios individuais da FIFA, o melhor jogador do mundo foi então atribuído com toda a justiça ao argentino Lionel Messi que venceu 6 títulos com o seu Barcelona, a melhor jogadora voltou a ser atribuído a Marta, é a quarta vez consecutiva que vence o prémio, o que é um feito inédito, esta brasileira que com a sua forma máscula de jogar envergonha muitos homens e mostra categoria suficiente para jogar em muitas ligas profissionais de futebol masculino, terminou o a época a jogar no Santos por empréstimo do Los Angeles Sol. Com este feito Marta com apenas 23 anos ultrapassa o compatriota Ronaldo “O Fenómeno” e o francês Zinedine Zidane, faltando agora conquistar um campeonato do mundo visto que no ultimo evento do mundial feminino em 2007 acabou por falhar um penalty na final contra a Alemanha e teve que se contentar com o estatuto de vice-campeã.



O nosso Cristiano Ronaldo também foi consagrado, desta vez com o melhor golo do ano, obtido frente à equipa do FC Porto ainda com a camisola do Manchester United, uma bomba extremamente bem colocada que não deu qualquer hipótese de defesa a Helton em jogo a contar para a Liga dos Campeões. Ganhou também o direito de ficar entre o melhor onze do planeta, o nosso craque do Real Madrid teve no onze do ano a companhia de nomes como, Caillas (Real Madrid), Dani Alves (Barcelona), Vidic (Manchester United), John Terry (Chelsea) Evra (Manchester United), Xavi (Barcelona) Iniesta (Barcelona) Gerrard (Liverpool) Fernando Torres (Liverpool) e Messi (Barcelona), percebendo-se assim porque Espanha e Inglaterra têm os mais competitivos campeonatos do mundo, deixando a Itália e a sua “Lega Calcio”, para um plano completamente secundário, fruto de um campeonato tacticamente ultra evoluído onde as principais vedetas são os treinadores, faltando muitas vezes o espaço necessário para os grandes artistas mundiais que ali também proliferam poderem também explanar toda a sua magia, muitas vezes amordaçados a movimentações completamente padronizadas que acorrentam o seu talento e os escondem em termos técnicos da beleza do jogo. Uma questão que nos deve colocar a pensar, que como treinadores de futebol, muitas vezes mais preocupados com o resultado final que com os espectadores no estádio ou a beleza do próprio jogo, acabamos por não publicitar da melhor maneira aquele que é o nosso produto.



Fazendo eu próprio um pouco de futurologia, penso que para o ano tem que se rectificar o erro crasso que foi não conseguir inserir neste onze do ano o espectacular futebolista argentino do Real Madrid, Gonzalo Higuaín, este jovem que fez agora 22 anos revela um talento extraordinário e uma atitude competitiva magnifica, sendo que o seu faro pelo golo está a ficar cada vez mais apurado como o comprovou este fim de semana o Zaragoza em jogo a contar para a liga espanhola que viu o argentino fazer mais dois tentos na goleada imposta pelos galácticos jogadores de Madrid. Acredito que caso não aconteça nenhuma lesão que impeçam o rendimento e progressão deste grande jogador para o ano lá constará o seu nome entre os onze maiores futebolistas do planeta. No meu entender teria lugar já este ano, mas para entrar esta jovem estrela em ascensão quem teria que sair? Fica aqui esta curiosa pergunta a que não é nada fácil responder…

Crónica semanal de Ricardo Monsanto para o Negócios do Futebol