Década de futebol português em revista


Em dez anos, Portugal teve dois jogadores eleitos os melhores do Mundo, o F. C. Porto ganhou a Taça UEFA, a Champions e a Taça Intercontinental, e a selecção foi à final de um Europeu e às meias-finais de um Mundial. Irrepetível?

O futebol português atravessou, na primeira década do século XXI, uma série de grandes momentos e deu a conhecer várias figuras que passaram a ser incontornáveis a nível mundial. Figo (2001) e Cristiano Ronaldo (2008) receberam o prémio de melhor jogador do Mundo, mas também José Mourinho ganhou estatuto entre os treinadores mais conceituados da actualidade. O técnico chegou à ribalta graças aos títulos conquistados ao serviço do F. C. Porto, de onde saiu para o Chelsea, depois de os dragões terem ganho a Taça UEFA (2003) e a Liga dos Campeões (2004). O clube das Antas viveu uma década de sonho, que se tornou gloriosa com as conquistas já citadas e ainda com a vitória na Taça Intercontinental, em Dezembro de 2004.



Esse foi, de resto, o ano de todas as emoções em Portugal, em função da realização de um Europeu que deixou o país em estado de euforia. A selecção começou mal, mas depois embalou e conseguiu chegar à final, algo que nunca tinha sido capaz de fazer. Só faltou ganhar à Grécia no jogo de atribuição do título... Essa campanha superou a do Europeu anterior, em 2000, no qual Portugal realizou exibições de alto nível e atingiu a meia-final, perdida no prolongamento para a França.

Seis anos depois, no Mundial de 2006, o cenário repetiu-se, já que também foram os franceses a deixar a selecção portuguesa à porta da final. Ainda assim, a equipa das quinas esteve em grande na Alemanha, garantindo um quarto lugar que só foi superado pelo terceiro obtido em 1966, numa campanha que incluiu vitórias sobre a Holanda e a Inglaterra. Durante esta década, Portugal conseguiu mesmo o pleno de qualificações para Campeonatos do Mundo, preparando-se para, em Junho de 2010, voltar à competição de selecções mais importante à escala global, na África do Sul.



O Sporting esteve a curto passo da glória em 2005, quando chegou à final de uma edição da Taça UEFA cujo epílogo estava há muito marcado para Alvalade. Pela segunda vez, os leões estavam numa final europeia, mas desta vez deixaram escapar o título diante do CSKA, num jogo em que até estiveram a vencer. A equipa lisboeta, então treinada por José Peseiro, deixou, no entanto, um rasto de bom futebol por toda a Europa, sendo impossível esquecer a forma dramática como se qualificou para a final, em Alkmaar.

Retirado e adaptado de Jornal de Notícias