Fucile (6) : O uruguaio está de volta aos bons momentos que o celebrizaram no Porto. Deu enorme profundidade ao lado direito, provocando várias situações de dois contra um. A defender esteve consistente, ainda que aqui e ali com uma ou outra falha. Certo é que Sapunaru pode estar a perder o lugar que parecia ter como cativo no onze portista.
Maicon (5) : Sempre poderoso pelo ar mas...foi batido com relativa facilidade pelo chão. Não obstante, acaba por ser uma exibição positiva do central brasileiro que por várias vezes teve de ir à linha acompanhar os movimentos de Jádson ou Willian.
Otamendi (5) : O contrário de Maicon: importante nos desarmes pelo chão, mas permeável no jogo aéreo. Acaba por ter um corte delicioso que arrancou aplausos por parte dos adeptos presentes no estádio.
Álvaro Pereira (7) : O mesmo de sempre. Percebe-se bem porque é que a SAD portista estava tão reticente quanto a vender o uruguaio. O "Palito" foi muitas das vezes um extremo, isto porque James caía mais no meio, sem nunca ter descurado a defesa. Alex Sandro tem em Pereira um jogador com quem muito terá a aprender.
Fernando (6) : De regresso à sua boa forma, o "Polvo" teve um desarme providencial, de carrinho, já perto da pequena área. Melhor fisicamente do que no encontro contra o Setúbal, Fernando apresentou também melhorias na distribuição de jogo, aparecendo mais vezes em zonas ofensivas, especialmente após as expulsões ucranianas.
Defour (7) : O belga é um senhor em campo. Não admira o preço gasto na sua contratação. A maneira como lançou a bola bem redondinha para os colegas do ataque - foi ele quem deu a bola a James no lance do penalty -, como imprimiu outra velocidade no jogo e ainda como soube ocupar os espaços mais do que justificaram a aposta de Vítor Pereira no reforço.
Moutinho (7) : Com Defour tornam-se duas cópias perfeitas de bom futebol a meio-campo. O "pequeno" - apenas em estatura - jogador, fartou-se de recuperar bolas e foi um precioso tampão do caudal ofensivo do Shakhtar, ganhando bolas muito à frente. A diferença para o último ano reside essencialmente na frequência com que Moutinho aparece nas zonas de remate, bem mais assíduo este ano. Ainda assim, teve uma "rosca" tremenda, com o pé esquerdo.
James (8) : O colombiano demorou a surgir, talvez prejudicado pelo nervosismo de, apenas aos 20 anos, estar a cumprir o primeiro jogo na Liga dos Campeões. A verdade é que quando começou a brilhar, o esquerdino perfumou todos os espaços do ataque. O controlo de bola foi sempre sumptuoso e os passes quase sempre teleguiados. Sofreu o penalty que Hulk viria a falhar e foi sempre um quebra-cabeças para os estáticos defesas ucranianos. Ainda teve tempo para assinar uma jogada de génio que assistiu Kléber para o segundo golo e de enviar uma bola à barra. Também Rybka lhe viria a negar o golo. Mas nada mancha o recital que o colombiano ofereceu na última noite.
Hulk (8) : Quem falha grandes penalidades uma vez por outra mas compensa-las com tiros para golo como os que o internacional brasileiro disparou ontem está mais do que perdoado. O "Incrível" desconcertou tudo e todos com a sua capacidade de explosão e dribles incisivos e raramente os defesas do Shakhtar conseguiram suster o futebol que Hulk apresentava. Com o penalty falhado foram ainda mais duas as bolas aos ferros que o 12 enviou.
Kléber (6) : O brasileiro está ainda em claro processo de mentalização acerca de o que é jogar no Porto e vai tomando cada situação nova com especial deslumbre, algo que tem de ser rapidamente ultrapassado, caso contrário vai acontecer o que se passou ao longo do encontro, Kléber vai ansiar por fazer bem as coisas antes de as começar a fazer e o resultado sai uma trapalhada. Quando estabilizou mexeu-se bem e...fez o golo da tranquilidade.
Belluschi (5) : Vítor Pereira lançou-o para o lugar de Fernando, criando uma situação de meio-campo sem médios defensivos, que vem sendo trabalhada no Porto. E a verdade é que o argentino teima em dar mais uma dor de cabeça a Vítor Pereira. É que, se o trio que jogou fê-lo exemplarmente, Bellsuchi em nada ficou atrás. E há ainda Guarín...
Djalma (4) : Como sempre, vontade foi que não faltou ao angolano, a eficiência é que nem sempre foi a melhor. Ainda assim, arrancou um ou dois cruzamentos dignos de registo e provocou a segunda expulsão do Shakhtar.
Varela (2) : O indiscutível do último ano perdeu de forma clara a corrida para James Rodríguez. O internacional português está num mau momento de forma e é bastante trapalhão da decisão dos lances.
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