O FC Porto teve de sofrer contra o Sevilha, no jogo do Estádio do Dragão, em parte, diga-se, porque "quis". Os "dragões" tiveram as melhores ocasiões do encontro para fazer o golo, mas mostraram-se sempre displicentes na maioria dos casos, tendo, do outro lado, Luís Fabiano, mostrado como é que se faz. Apesar da derrota, a vantagem e os golos da primeira-mão, acabaram por ditar a passagem da equipa de André Villas-Boas. De salientar a enorme maturidade que o Porto mostrou nesta eliminatória contra uma equipa que, apesar de tudo, tem jogadores com mais anos de competições europeias do que grande parte desta jovem mas prodigiosa equipa portista.
Villas-Boas apostou no "seu onze", com os regressos de Álvaro Pereira e Falcao à titularidade. E, apesar do muito que foi dito na antevisão deste encontro, o Porto acabou por se dar muito bem com a entrada do Sevilha e partiu para cima dos espanhóis, isto apesar de estar em vantagem na eliminatória. Cedo tomou conta do encontro e, apenas por escassas ocasiões, permitiu ataques com perigo aos andaluzes. O Porto começou a acumular situações de perigo, algo que manteve imutável da primeira para a segunda parte. Contudo, assim como era elevado o número de remates, a qualidade de alguns deles nos quais mais se exigia deixavam muito a desejar. Foi muito visto decisões precipitadas ou erradas mesmo. Apesar de tudo, era o Porto quem dominava, e isso era tão claro como a justiça na passagem portista.
Só que, há uns anos, José Mourinho estabeleceu bem a diferença entre controlar e dominar e, pelos vistos, o Porto não tinha o jogo controlado. De tal forma que, depois de mais um falhanço de Hulk, a bola chegou a mais uma das diagonais de Fabiano - entretanto em campo por troca com o lateral direito sevilhano - e o internacional brasileiro atirou com decisão. A equipa espanhola crescia, pelo menos em crença. A juntar a tudo isto, Álvaro Pereira, quase simultaneamente, teve uma entrada muito dura sobre Medel que Howard Webb não teve dúvidas em punir com a expulsão do internacional uruguaio. Decisão que se aceita, mas que pode ser considerada rigorosa. Villas-Boas mexeu então. Tirou Moutinho e Falcao. Lançou Sapunaru e Guarín. Mas, numericamente falando, tudo ficaria de novo equilibrado: Alexis estava fora do jogo. Aí, o colombiano foi importante, com o seu grande pulmão, a recuperar bolas e a lançá-las para o ataque e a verdade é que, analisando com critério, o Porto foi quem mais criou perigo nos últimos dez minutos. E quem precisava de golos era o Sevilha...
Agora, espera o invicto CSKA nos oitavos-de-final, um jogo que será certamente mais complicado do que aquilo que se antevê.
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