O Benfica continua sem vencer na Alemanha. Pior: os encarnados saíram mesmo derrotados do Arena AufSchalke e caíram para o terceiro posto do Grupo B. Os campeões nacionais apresentaram 30 minutos de boa qualidade mas, pouco a pouco, foram permitindo o crescimento dos alemães, o que viria a resultar em dois golos do Schalke, um tónico essencial para a sua recuperação desportiva.
Os portugueses até entraram bem no jogo, exercendo uma boa pressão sobre os mais lentos jogadores alemães. Poderiam ter marcado por Saviola, Cardozo ou Coentrão, mas ou Neuer defendia com segurança ou faltava a displicência para facturar. Jesus exasperava, a equipa produzia mas não concretizava e desperdiçar assim na casa de um adversário de Liga dos Campeões é indesculpável: assim foi pelo menos. Gaitán, colocado à direita para poder ser incluído num mesmo onze com Fábio Coentrão na esquerda do ataque, era um elemento a menos e Carlos Martins não dava à equipa a inteligência e o toque de bola que Aimar tem. Aos poucos o Schalke foi crescendo, a partir da meia hora de jogo e poderia mesmo terminar a primeira parte em vantagem já que depois de um remate ao poste, Rakitic, à boca da baliza realizou uma boa recarga, mas Roberto, cada vez em melhor forma, defendeu de forma exuberante.
Depois do intervalo o Benfica eclipsou-se por completo e o Schalke aproveitou para continuar a crescer. Começou a aparecer um outro elemento: Jeferson Farfán. O internacional peruano começou a dar mais trabalho a César Peixoto que, já se sabe, dá-se mal quando é muito incomodado na defesa. O sul-americano começou a rematar de todos os lados e o Schalke aliava isso mesmo às boas combinações entre Jurado, Raul e Rakitic. De tal forma que deu a primeira facada nas "águias". Num cruzamento muito largo ao segundo poste, César Peixoto calcula mal o tempo de salto e falha o cabeceamento, sobrando a bola para Farfán que adiantou os da casa. A partir daí o Benfica procurou reagir mas nunca criando real perigo e foi o Schalke quem confirmou a vitória numa jogada de contra-ataque com Raul a gerir de forma exímia o tempo de passe e Huntelaar, à boca da baliza, a confirmar a vitória alemã.
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