Empate em jogo com ritmo baixo dá apuramento a Portugal


Portugal termina a fase de grupos como havia começado, com um empate a zero, desta vez frente ao Brasil. Este resultado valeu aos "Navegadores" o apuramento para os oitavos-de-final, depois de uma fase de grupos e«imaculada da equipa das quinas - foi a melhor defesa sem ter consentido qualquer golo e o melhor ataque com sete golos.

Queiroz promoveu quatro alterações no onze. Saíram Simão, Hugo Almeida, Paulo Ferreira e Pedro Mendes. Para os seus lugares entraram Duda, Danny, Ricardo Costa e Pepe. O Brasil inovava com Daniel Alves, Nilmar e Júlio Baptista de início. Portugal entrou expectante, sempre com mais cuidados na defesa. O Brasil não se deu mal com essa postura portuguesa e avançou para o meio-campo nacional. A Canarinha trocava a bola de pé para pé e atacava abusivamente pelo lado direito, onde Maicon e Daniel Alves procuravam dar profundidade ao ataque. Só que por lá morava Fábio Coentrão. O lateral do Benfica esteve absolutamente intransponível e ainda se aventurava a ir lá abaixo, não se contentando em defender como seria de esperar quando se tem dois dos melhores jogadores do mundo a jogar na direita à sua frente. No outro lado, Nilmar usava e abusava de um Ricardo Costa que não estava rotinado com a equipa e muito menos com uma posição que por norma não era sua. Num desses lances, o central do Valência ficou especado a ver o movimento do avançado do Villarreal que rematou à boca da baliza acertando em cheio no ferro. A primeira parte chegava ao fim com sinal mais do Brasil.


O segundo tempo foi totalmente diferente. Tudo mudaria com a entrada de Simão para ol ugar de Duda. O jogador do Atlético de Madrid trouxe capacidade de transporte de bola à equipa e Portugal passou a respirar saúde. De tal forma que encostou totalmente o Brasil às cordas. Ronaldo, Danny e Simão protagonizavam um trio que punha a cabeça em água ao escrete, que, contudo, não se desorganizava. O jogo viria a cair, paulatinamente, de intensidade, de novo, até que no final, ambas as equipas ansiavam mais pelo apito final do que pelo golo. Mas ele poderia ter surgido, num remate de Ramires que encontrou as costas de Bruno Alves, mas Eduardo estava apostado em fazer história e manter as redes lusas invioláveis e defendeu de forma magistral. Desta forma, ficam as duas equipas apuradas e à espera dos jogos de mais logo à noite para saber quem encontrarão nos oitavos.