Olhar sobre o FC Porto

Mística Azul e Branca - A mística e a falta dela
 Como é do conhecimento de todos, a Mística de um Clube é algo de fundamental para que este se mantenha na luta pelos seus objectivos e ideais. É a Mística que muitas vezes leva o nome de um Clube por este Mundo fora. É impossível não se falar no Real Madrid CF sem se fazer referência a Iker Casillas e Sérgio Ramos, assim como também quando falamos sobre o FC Barcelona nos lembramos logo de Messi, Xavi e outros tantos Jogadores que são um símbolo dos Catalães. E muitos mais exemplos existem por este Mundo da Bola fora.

 O Futebol Clube do Porto durante muitos anos contou no seu Plantel com estes Jogadores Místicos e com eles ganhou Títulos Nacionais e Internacionais. João Pinto, Madjer, Vítor Baía, Jorge Costa, Juary, Paulinho Santos, Fernando Couto, Fernando Gomes entre muitos outros Atletas que “nasceram” no Ninho do Dragão ou que por lá passaram tornaram-se pelos mais variados motivos símbolos da Mística Azul e Branca. Foram Jogadores que mesmo não sendo Portugueses sentiram a Camisola Azul e Branca com um carinho e respeito tal que ficaram para sempre ligados á história do Clube Azul e Branco.

Hoje em dia tal deixou de ser uma realidade no FC Porto. È triste mas nos Dragões o Jogador que sinta e respeite a Camisola já não existe e o que temos é um enorme conjunto de mercenários que não respeita nada nem ninguém.


O atirar da Camisola da parte de Rolando quando este foi substituído na última Jornada da Liga Zon Sagres é o sinal mais evidente disto mesmo. Um gesto mal-educado tanto para com o Treinador Vítor Pereira como para com os Adeptos e Instituição que representa. Mas Rolando não foi o único e não será o último a não sentir a Mística do Clube, pois sempre que James Rodriguez realiza uma boa partida de futebol eis que o jovem Atleta rapidamente dá conta do seu desejo de sair do Dragão.
Mas será que temos o dever de censurar as atitudes de Rolando e James? Será que os podemos recriminar por serem Profissionais que apenas buscam o melhor para o seu futuro uma vez que a carreira de Jogador é algo curta?

  Evidentemente que não. Assim como não critiquei a saída de André Villas-Boas do FC Porto, também não criticarei a atitude destes 2 Jogadores. Agora o que eu critico fortemente é esta morte lenta da Mística do FC Porto que a SAD Azul e Branca tem levado a cabo nos últimos anos. 

È que isto de contratar um Danilo, um James, um Alex Sandro, um Alvaro Pereira e até mesmo um João Moutinho em detrimento da aposta nalguns Jogadores da Formação Azul e Branca tem um preço, preço este que mais tarde ou mais cedo poderá ser elevado. Veja-se o que acontece no Chelsea ou no Manchester City onde o poder do dinheiro não é suficiente para se fazer um Clube vencedor.

Crónica semanal de Pedro Silva, The Blue One, para o Negócios do Futebol