Depois de ter crescido a esperança de que um deslize do Real Madrid desse a possibilidade ao Barcelona de festeja o título mesmo antes de quando se previra teoricamente, os catalães acabaram por fazer hoje a festa, em Valência, com um empate contra o Levante. Os "culés" acabaram por não se exibir de forma estonteante, mas fizeram o suficiente para conquistar um título justíssimo, premiando a época fantástica da equipa de Guardiola a que pode ser acrescentada ainda a Liga dos Campeões. Keita adiantou os blaugrana, mas Caicedo havia de empatar ainda no primeiro tempo.
O Barcelona entrou em campo com a cabeça no título. Mas havia ainda 92 longos minutos pela frente e o Levante não estava disposto a ser o bobo da festa. Ou se o fosse, que não fosse por poder ser acusado de facilitar. Talvez por isso, e por estar a jogar em casa, a equipa valenciana não renunciou totalmente ao empate, sem, contudo, descurar a defesa, algo que todas as equipas têm de fazer quando jogam contra um colectivo sobrenatural como é o do Barcelona. Com um onze que misturava elementos mais utilizados com os suplentes mais recorrentes, o Barça haveria de se adiantar no encontro, apesar do domínio menos denunciado que os campeões exerciam. Justo ainda assim o golo, tão justo como a conquista do tricampeonato. Mas o Levante não baixou os braços e foi em busca do empate. De resto, os da casa tiveram algumas oportunidades e haveriam mesmo de empatar por intermédio de Felipe Caicedo, que só parece ter feito jus ao apelido que tem no Sporting.
No segundo tempo, o Barcelona foi controlando os ritmos do jogo e cavalgou, como fez jogo após jogo após jogo, para a conquista do campeonato. No final, naquela que terá sido certamente uma das mais acesas disputas entre Real e Barça nos últimos anos - muitas vezes mais fora do campo do que dentro -, vence aquela que foi mais regular, que deu mais espectáculo e que, por isso mesmo, mais convenceu. Venceu o Barcelona!
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