Como prometido, faço a análise do clássico de ontem entre as duas melhores equipas portuguesas da actualidade, o Benfica e o Porto. Começo primeiro por engrandecer o trabalho das forças policiais, que fizeram com que não existissem problemas de maior entre os adeptos das duas equipas (fora o facto do autocarro do Benfica ter sido de novo apedrejado,mas isso já é habitual aquando das viagens ao Porto).
Falando propriamente do jogo, tanto o "miúdo" como o "graúdo" tentaram trocar as voltas um ao outro, estas alterações só me levam a uma conclusão: O jogo foi bem preparado pelos dois treinadores,mas a febre de Jesus pela Taça de Portugal falou mais alto.
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Villas-Boas apresentou uma equipa com duas alterações que para mim, fizeram toda a diferença: Sereno não é um lateral, sendo o Porto uma equipa que ataca pelas alas com excelência, Villas-Boas devia ter apostado em Fucile que é mais atacante e dinâmico, podendo assim criar muito mais perigo pela ala esquerda. A outra aposta falhada, foi a de Hulk no centro do ataque, que retira mobilidade ao jogador e a sua capacidade de improvisar fica muito mais reduzida. Nota também para o facto de se notar MUITO a falta de Falcão no ataque.
Jorge Jesus apostou numa estratégia de contra-ataque, que deu frutos logo na primeira meia-hora, com um Fábio Coentrão endiabrado (nota para o lance do segundo golo, onde ganha a disputa de bola a Sapunaru e Varela). Jesus colocou surpreendentemente Peixoto no centro do meio campo, perto de Javi Garcia e ganhou mais músculo no meio campo, protegendo também o lado esquerdo do Benfica aquando das subidas de Coentrão e Gaitán, este último que fez um grande jogo de sacrifício e entrega.
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Concluindo, Jesus ganhou a Villas-Boas no plano táctico ao apostar num meio campo mais musculado e com as linhas bastante compactas e juntas na hora de defender, o que não acontecia com o Porto, onde simplesmente não foram visíveis Belluschi e Moutinho.Para além do aspecto táctico, Jesus ganhou também no plano psicológico, passando a mensagem certa aos seus jogadores, o Benfica foi uma equipa dinâmica, sem medo de ter a bola e enfrentando um adversário forte na sua própria casa. O Porto por sua vez, foi uma equipa apática, sem ideias e que sub-valorizou o Benfica, um pouco à semelhança do que aconteceu com o Benfica na Supertaça no inicio da época.
Destaco as exibições pela positiva de Varela pelo Porto e as de Coentrão, Peixoto e Luisão pelo Benfica, o árbitro Paulo Baptista esteve muito bem na partida, o lance de Coentrão é correcto e os penaltis reclamados pelos jogadores do Porto não tiveram razões para serem assinalados.
Resumindo, vitória justa da equipa mais forte em campo, o FC Porto esteve irreconhecível e não conseguiu impor-se mesmo com um elemento a mais. Dois golos de vantagem que o Benfica leva para uma segunda mão, que dão excelentes perspectivas à equipa de alcançar a final da Taça de Portugal, depois de 5 anos em que o Porto chegou a 4 finais, vencendo 3 destas...
Texto de Tomás Diogo para o Negócios do Futebol. Seja você também o autor de um artigo
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