Paulo Sérgio tinha razão: há que contar com Vukcevic


Paulo Sérgio tinha dito no lançamento do encontro com a Naval que Simon Vukcevic fazia parte do plantel do Sporting e que como tal contava com o montenegrino para o que restava da temporada. E a aposta do treinador parece ter sido a mais acertada. O avançado foi o dinamizador que permitiu ao Sporting vencer a defensiva Naval (2-0).

O Sporting entrou em campo sem reforços e, por isso mesmo, remediando buracos no fato de galo com pedaços de tecido velhos. Yannick Djaló, que repetiu a titularidade depois das últimas exibições, demorou a perceber qual era o seu papel no terreno de jogo. O internacional português jogava mais encostado ao lado esquerdo, mas não conseguiu desempenhar esse papel nos minutos iniciais. Com ausência de esclarecimento nas linhas para cruzar e com uma Naval que apostava numa defesa em bloco baixo e muito junta, o Sporting começou a apostar em remates de longa distância. Muita parra, pouca uva. Aliás, a única uva foi mesmo a de Daniel Carriço. Não tendo marcado, o central atirou muito perto da barra de Salin. Entre esses remates, a Naval foi à baliza sportinguista por duas ocasiões. Primeiro foi Fábio Júnior a criar perigo, depois foi Marinho. Contudo, foi o Sporting quem terminou a primeira metade a criar perigo. Se 2010 havia sido um dos anos em que a equipa leonina mais tinha criado cumplicidade com a barra, 2011 não começou de forma diferente, com Postiga a rematar ao travessão. 

 

Na segunda parte, nada mudou e o conformismo regressava ao Sporting. Altura em que Paulo Sérgio oportunamente enviou Vuk para o aquecimento, para gáudio dos adeptos. Pouco depois o montenegrino entraria mesmo. Em boa hora para as hostes leoninas. O extremo entrou para o lado direito, João Pereira recuou e a ala direita ganhou outra profundidade, encontrando espaços no colete de forças defensivo dos figueirenses. Postiga voltou a provocar calafrios a Salin, obrigando o gaulês a grande defesa. Depois de duas bicicletas de Postiga e de um livre de Vukcevic, Valdés voltou a rematar à barra, tudo na mesma jogada. O nervosismo começava a pairar em Alvalade. Mas o internacional montenegrino não virou a cara à luta e, de livre, voltou a atirar, desta vez para o fundo das redes. O segundo golo chegou com naturalidade, pois a Naval deixava espaços em aberto. Liedson foi quem, após assistência de Postiga, regressou aos golos e deu a tranquilidade ao Sporting. Como a Naval montou o seu jogo para aguentar, os seus jogadores não sabiam como reagir aos dois golos sportinguistas e talvez por isso...não reagiram.