O Sporting garantiu a passagem à quinta eliminatória ao vencer (1-0) o Paços de Ferreira com um golo de Yannick Djaló ainda na primeira parte. O jogo acabou por ser praticado a um ritmo demasiado morno para duas equipas que habitam no principal escalão do futebol português. Os pacenses acomodaram-se na defesa e quando acordaram já era certamente muito tarde. No Sporting, Liedson e Pedro Mendes regressaram ao onze após lesão, assim como Yannick.
Pode concluir-se que na base do fraco jogo sportinguista poderá estar a deslocação de Valdés de novo para a ala esquerda, mas o certo é que, mesmo assim, o Sporting tinha a obrigação de fazer mais. O Paços permitiu, logo aos 5 minutos, numa falha defensiva, o cabeceamento a Hélder Postiga, mas o internacional português falharia o remate. Poucas oportunidades se pode citar depois desta. Para o Paços nenhumas. Os nortenhos pagavam caro as ausências de Rondón e Nelson Oliveira e não tinham ninguém na área para dar uma boa conclusão aos cruzamentos. Aos 36 minutos, André Santos disparou contra a apatia, mas o seu disparo - pleno de jeito - embateu na barra, quando Cássio já estava batido. Já todos esperavam pelo apito para o intervalo, quando Djaló se lembrou de inventar um golo. O avançado sportinguista apareceu ao meio - ele que foi colocado no lado direito - e rematou para o fundo das redes, tendo um ressalto em Samuel traído Cássio.
A estratégia para o segundo tempo foi, então, diferente daquela que Paulo Sérgio vinha projectando com a cadência da primeira parte. O Sporting estava mais à vontade no jogo e deu alguma iniciativa aos "castores". Aguerridos como é sua imagem de marca, os jogadores do Paços de Ferreira tentaram retirar algo do jogo que não um inglória derrota. Mas o problema era sempre o mesmo. Na área não havia quem conseguisse pegar na bola e fulminar Rui Patrício. Faltavam avançados e isso custou muito caro ao Paços que fica então pelo caminho. Ao Sporting fica o aviso de que jogar assim e ganhar o clássico pode não ser conciliável.
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