Portugal é 2.º na UEFA


Com as recentes vitórias de FC Porto e Sporting na Liga Europa (quatro em quatro jogos, no total), Portugal ascendeu ao 2.º lugar do ranking da UEFA em 2010/11. Apesar das derrotas de Sp. Braga e Benfica, o futebol nacional atingiu o pódio europeu, em igualdade com a Alemanha e só atrás da Inglaterra. Com o coeficiente de 6.000 pontos, Portugal encontra-se inclusivamente em boa posição de atacar o lugar mais alto na presente temporada, ocupado pelos ingleses com 6.214 pontos – uma simples vitória a mais poderá ser suficiente para ultrapassá-los. O resultado do conjunto das equipas nacionais nas competições europeias fica 0.715 acima da Itália, 1.500 da Espanha e 1.750 da França, países que, no cômputo geral das últimas cinco épocas, permanecem nos primeiros cinco lugares.

Situação favorável. Atendendo ao calendário disponível, Portugal tem boas perspectivas de manter o 6.º lugar que ocupa neste momento. E não é preciso que os seus representantes excedam aquilo que são capazes. Benfica e Sp. Braga, por exemplo, ainda têm dois jogos em casa na Liga dos Campeões, o mesmo sucedendo com FC Porto e Sporting na Liga Europa, sendo que em relação a dragões e leões o percurso até ao momento é marcado por duas vitórias em outros tantos encontros, num cenário de menor dificuldade. Basta que as quatro equipas atinjam, em conjunto, mais 15 pontos (a 2 pontos por vitória e 1 por empate) para que a média da época suba 3.000 pontos – oito jogos em casa abrem caminho a 16 pontos. A juntar aos 6.000 já existentes, tal performance elevaria para 9.000 o coeficiente de 2010/11, melhor do que em qualquer temporada entre 2006 e 2009, ficando muito perto dos 10.000 pontos de 2009/10.

Dividir por 5. Facto a ter em conta neste despique com as maiores potências europeias é que Portugal divide por 5 os pontos conquistados, enquanto Inglaterra, Espanha e Itália o fazem por 7, e Alemanha, França, Rússia e Ucrânia dividem por 6. É cíclica esta alteração. Quando o coeficiente é mais alto, as equipas nacionais não conseguem alimentá-lo, o que baixa a média, a posição no ranking e, por consequência, o número de participantes nas competições europeias posteriores. À excepção de FC Porto, Benfica, Sporting e, nos últimos anos, o Sp. Braga, as restantes equipas (Nacional, Marítimo, V. Guimarães, V. Setúbal, Paços de Ferreira e Belenenses, para falar nas últimas cinco temporadas) não costumam contribuir com pontos suficientes para manter o que começa por ser um privilégio e acaba por ser a origem de uma quebra anunciada.