Hulkmania!

Por esta altura a pergunta que paira é: até onde poderá chegar Hulk? O "Incrível" fez questão de deixar bem vincada a alcunha e marcou dois golos da vitória com rasgos de enorme brilhantismo do FC Porto no reduto do Besiktas. Uma nota para a arbitragem que, enquanto o jogo poderia estar em suspenso quanto ao seu desfecho, tudo fez para que o Besiktas tivesse o caminho facilitado. Atendendo a que se trata da segunda principal competição da UEFA, a qualidade dos juízes que se têm apresentado na Liga Europa é um caso a reflectir, com FC Porto - hoje - e Benfica - no último ano - a terem alguns motivos de queixa. Apesar de terem terminado o jogo com nove, por expulsão de Maicon e de Fernando, os "dragões" deram um passo de gigante rumo ao apuramento e venceram categoricamente por 3-1.

O Besiktas engatou a primeira no arranque e, com os mecanismos bem oleados, tentou chegar ao golo nos primeiros minutos. Os turcos exploravam preferencialmente situações de finalização pelo seu corredor direito, aproveitando claras debilidades defensivas de Álvaro Pereira que, com o tempo e a ajuda de Rodríguez, seriam escondidas. Volvido o primeiro quarto-de-hora, o FC Porto começou a aparecer mais no encontro. O meio-campo começava a poder pensar e, quando perdia a bola, fazia uma boa e grande pressão sobre o portador da bola, instalando-se largos minutos no meio-campo da casa.

Moutinho e Hulk tiveram oportunidades para desfazer o nulo, mas o acerto no remate não era o melhor. Contudo era já o FC Porto que mandava no encontro e, aos 26 minutos, o Sr. Golo dos azuis-e-brancos apareceu: Radamel Falcao regressou aos golos e logo um tão improtante. O internacional colombiano aproveitou um canto de Belluschi para, de cabeça, bater Arikan. Dez minutos depois, "El Tigre" poderia ter bisado no encontro, mas o árbitro espanhol começou o seu "espectáculo" e anulou o lance por ter visto uma falta sobre "Zapo". Pouco depois, Maicon seria expulso com a amostragem de vermelho directo, criteriosa decisão, mas, acima de tudo, desigual.

A jogar com mais um elemento, o Besiktas foi em busca do empate. Tabata de livre, em cima do intervalo, atirou para grande defesa de Hélton. O reinício do encontro trouxe o Besiktas como havia acabado a primeira parte, apoiando-se no critério do juiz e no público para tentar a igualdade, mas seria o FC Porto, de forma cínica, a chegar ao 2-0. Hulk aproveitou da melhor forma um passe longo e uma falha de "Zapo" para picar a bola por cima de Arikan para o segundo golo. Na resposta, Toraman enviava a bola por cima da baliza, todavia era notório que havia algo de diferente na vertente psicológica do Besiktas. E,com naturalidade, aproveitando lances rápidos para lançar a corrida de Hulk, o Porto fez o terceiro. O internacional brasileiro fez o que quis de Toraman e "enfiou a bola na gaveta". Resultado? Aplausos turcos ao "Incrível" a fazer lembrar outros tempos, outros personagens...

Até final o melhor que o Besiktas conseguiria seria reduzir por intermédio de Bobô. Com este resultado o Porto quase que pode descansar com o apuramento na mão. Falta apenas o quase...