Ordenados podem dificultar troca de Stojkovic por Makukula


Até podem ter falado de outras modalidades, como (pelo menos o Benfica) fez, ontem, questão de anunciar. Mas em cima da mesa do almoço que, anteontem, juntou num restaurante de Lisboa Luís Filipe Vieira, presidente benfiquista, e José Eduardo Bettencourt, líder do Sporting, esteve em discussão a modalidade futebol.

Os dois responsáveis máximos dos principais clubes lisboetas abordaram a possibilidade de trocarem dois jogadores que não integram as contas de nenhum dos respectivos treinadores. Do lado "encarnado", a saída do avançado Makukula da Luz; do lado verde e branco, a dispensa do guarda-redes Stojkovic. O grande entrave para a concretização do negócio prende-se com os vencimentos dos jogadores, especialmente o do internacional português. Makukula, contratado pelo Benfica ao Sevilha (que o emprestou ao Marítimo) em Janeiro de 2008, tem um ordenado incomportável para os cofres "leoninos", já que, mensalmente recebe um valor próximo dos 100 mil euros. Já o sérvio é mais económico, pois apresenta uma folha salarial a rondar os 45 mil euros mensais.



A troca de jogadores será, contudo, vantajosa para ambos os emblemas. O Sporting garantia um ponta-de-lança goleador, capaz de fazer uma dupla interessante com Liedson. O Benfica assegurava uma guarda-redes de estatuto internacional, capaz de eclipsar o controverso Roberto, cujos primeiros jogos na Luz deixaram mais dúvidas do que certezas. Quer Stojkovic, quer Makukula têm as portas de Alvalade e da Luz há algum tempo fechadas. O sérvio foi emprestado ao Wigan e ao Getafe, após um erro comprometedor num jogo contra o FC Porto e de diversos desentendimentos com Paulo Bento, treinador "leonino" na altura; o português foi cedido ao Bolton e ao Kayserisport.