Este Braga é de Champions

Sp. Braga-Celtic

O Braga provou esta tarde/noite que tem estofo de campeão. Os minhotos souberam sofrer, aguentar e vencer. A equipa de Domingos deu uma lição do que é ser "guerreiro" a um Sevilha que, a partir do momento que os bracarenses marcaram o primeiro e único golo do encontro, se mostrou desnorteado. O resultado é claramente moralizador para a segunda-mão no Ramón Sánchez Pizjuán.

O jogo apresenta dois momentos distintos. Antes e depois do golo. A primeira etapa foi marcada pelo domínio intenso do Sevilha, que, usando Capel, Kanouté, Fabiano e Navas - especialmente - criava bastante perigo ao sereno Felipe. O campeão mundial daquele quarteto ofensivo deu muitos problemas a Elderson e dele partiu o cruzamento, no início do jogo, para a cabeça de Fabiano que enviou a bola ao ferro da baliza do Braga. Contudo, a grande qualidade individual que o Sevilha demonstrava e que já lhe era conhecida, esbarrava sempre na entreajuda dos "guerreiros do Minho" que, organizados defensivamente, davam a posse de bola aos espanhóis mas poucas chances concediam antes de partir no contra-ataque. E numa dessas jogadas de ataque rápido, Matheus apareceu oportuno, mas Palop foi rápido a sair para fazer a mancha. Seria a mais clara oportunidade bracarense até ao intervalo.


Domingos teve de lidar com um revés ao intervalo. O experiente Miguel Garcia não conseguia continuar em campo e deu o seu lugar ao estreante Sílvio. E o ex-Rio Ave iria arrancar uma grande exibição. A subir pela direita, o lateral cruzou com o pé esquerdo para a cabeça de Paulo César que rematou então para defesa incompleta de Palop, aproveitada da melhor forma por Matheus para lançar o Braga no jogo. Protestos incessantes e infrutíferos dos jogadores do Sevilha que reclamam da regularidade da posição de Matheus. O Braga cresceu e o Sevilha caiu a olhos vistos. Antes do final do jogo Lima ainda atiraria ao ferro mas o importante estava feito: marcar golos e - fundamental - não sofrer.