1ª jornada... o FCP é o único grande a vencer e já chegaram os casos !


Arrancou o campeonato e, como sempre, os candidatos são crónicos… SCP, SLB e FCP… (desculpem bracarenses).

Braga entrou a vencer e conservou para já as boas prestações da época anterior, com ambição e atitude confiante.

O FCP apresentou a mesma equipa da Super-taça para defrontar a Naval. O jogo foi complicado. Na primeira parte o vento foi um entrave forte à progressão da equipa. A Naval jogou num esquema próximo de um 4-5-1, na fase defensiva, o que tornou difícil a tarefa de jogar em posse e progressão pois não havia espaço para jogar. A primeira parte foi morna e com ritmo baixo, mas sempre com o jogo controlado e dominado q.b. . O segundo Porto foi completamente dominado pelo FCP, com ritmo, intensidade e oportunidades. A vitória foi merecida apesar de se concretizar apenas de penalti.

As alterações tácticas de AVB foram a novidade trazida e implementada para este jogo, ao contrário de outros tempos… resultou! Guarin foi a chave para jogar entre as linhas recuadas do meio campo da Naval… Hulk foi o marca passo da equipa e o jogador mais inconformado e criativo! Foi Hulk o marcador do golo, e sendo o melhor marcador de penaltis da equipa, até nem o fez com a maior segurança. O Porto jogou a espaços da segunda parte em 4-4-2, permitindo assim mais presença e mobilidade na área e simultaneamente mais controlo e domínio do meio campo. A pressão foi altíssima enquanto foi necessária e revelou o carácter e personalidade da equipa e do treinador.

Estes jogos complicados e fechados são os que vão determinar o rumo da competição… e é nestes mesmo jogos arrancados a ferros que se constituem os futuros campeões, num misto de sorte e ambição. Este tipo de jogo… e esperem pelos autocarros no Dragão… vão ser muito complicado de ser conquistados. As equipas tendem, por receio e respeito a encolher, a povoar e cortar o espaço à construção e criatividade. Talvez um avançado forte, presente fisicamente na área seja o tal alvo da SAD para reforço nesta perspectiva.

Existiram neste jogo 2 penaltis por marcar. Alv. Pereira toca ligeiramente no pé do atleta da Naval derrubando-o e em slow-motion é indiscutível. Há um lance em que Falcao é tocado e derrubado… este lance não teve uma análise cuidada, e nem nos resumos aparece. O defesa da Naval tenta fazer um corte, mas enrola-se com a bola, conseguindo apenas passar com a perna por cima da bola, tocando-lhe é certo, mas tocando também e derrubando Falcao… Há ainda o registo da violência empregue numa entrada a Moutinho cujo corte é feito virilmente e depois se deixa cair com o pé a tocar na cabeça do Portista. Vermelho claro que ficou por mostrar. Quem jogou futebol sabe perfeitamente que num corte em corrida, quando se salta por cima do adversário, o primeiro pé a descer é o que pontapeia a bola e o segundo pé apoia um passo à frente... ou onde o jogador quiser!


O SCP teve um jogo à imagem da sua pré-época. Uma equipa bipolar, com bom e maus momentos. Podia ter-se escusado a esta derrota caso fosse mais efectiva na finalização e, já agora se o P. Sérgio não andasse a inventar. Ainda assim não houveram grandes casos de arbitragem.

Depois do choque, que foi a super-taça, para a opinião pública… o Benfica estava obrigado a emendar a mão e mostrar que estaria bem, de acordo com o nível da época anterior e mesmo da pré-época. A verdade é que não conseguiu demonstrar. A primeira parte foi má, sem intensidade, ritmo ou pressão e com a Académica muito organizada, aguerrida e concentrada… bem ao estilo do seu treinador. A meio da segunda parte o Benfica começou a jogar mais subido, fruto da vantagem numérica, mas sempre com lances de pouca definição, passes ou cruzamentos longos e muita confusão na área. Depois aparece o grande golo da jornada, seguramente a 40 metros da baliza. Ora se eu disse há pouco mais de um ano que o golo do CR7 no Dragão foi consentido pelo Hélton é óbvio que um remate de 40m, em jeito (atente-se) só pode ser golo se o posicionamento do GR for errado… isto porque o Laionel estava em confronto directo com o Sidnei e não necessitava o Roberto de se adiantar… até porque, é de prever que o defensor dê espaço e permita intencionalmente que saia um remate a essa distância, por forma a orientar o avançado para a decisão mais fácil para a defesa e mais complicada de concretizar. Roberto leu mal o lance, mas de outra forma não sei se seria capaz de o defender… presumo que sim… mas o remate foi espantoso!


Além do mais há que referir que o jogo fica marcado pela expulsão justíssima de Addy, ao realizar consecutivamente 2 faltas duras e perigosas… e que ao contrário de muitas opiniões da semana passada devem ser punidas: na semana passada alguns defenderam que Aimar e Martins foram poupados à expulsão correctamente porque tinham sido advertidos no lance anterior e fazia sentido gerir o jogo e tolerar as subsequentes faltas! Anedóticos!

Depois desse lance há ainda um agressão do D.Luis, a segunda em 2 jogos. É o primeiro erro grave desta partida e condiciona o jogo. É uma das cotoveladas mais feias e graves que vi recentemente, inadmissível! E não esquecer de mais uma entrada com virilidade excessiva de Cardoso ao GR da Académica.

Depois dos 60 minutos o Benfica intensifica a pressão e o Aimar denunciou o que vinha de seguida… confusão e procura de contactos na área de penalti. Aimar viu bem o amarelo por simulação e teve a boa atitude de reconhecer e retratar-se publicamente. A partir daí existem muitas reclamações muitas bolas discutidas na área das quais há um penalti numa tentativa de corte de bola que atinge o Javi.

Numa outra jogada, foi negada uma jogada perigosa de ataque à Académica por suposto fora de jogo milimétrico… coisa que não existe! É em linha e na dúvida não se dá beneficio a ninguém, árbitros ou jogadores… na dúvida seguem as jogadas como aconteceu, e bem, numa mão do jogador da Naval na primeira parte!

Texto de Nuno Ricardo da Silva para o Negócios do Futebol