MaraVilla espanhola no fim dos Navegadores

Villa ends Portuguese dreams

A campeã europeia Espanha qualificou-se para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 2010, onde defrontará o Paraguai, após derrotar Portugal por 1-0. Os lusos viriam a acabar a partida com dez elementos, por expulsão de Ricardo Costa já perto do apito final.

Espanha e Portugal apresentaram-se na Cidade do Cabo como as segunda e terceira classificadas do "ranking" da FIFA e proporcionaram um encontro à altura das expectativas criadas em redor de ambos os conjuntos. A Espanha teve uma entrada mais forte no encontro e, logo nos primeiros seis minutos, dispôs de boas ocasiões para marcar. Na primeira jogada do encontro, Fernando Torres flectiu da esquerda para o meio e rematou cruzado para grande defesa de Eduardo. Dois minutos volvidos, Torres repetiu o gesto e voltou a obrigar Eduardo a defesa apertada. Aos seis minutos, foi a vez de David Villa testar os reflexos de Eduardo.

Portugal reagiu ao ímpeto inicial espanhol e, aos 20 minutos, criou a sua melhor ocasião em toda a partida. Fábio Coentrão teve uma grande arrancada pela esquerda, com a bola a acabar por chegar a Tiago, que rematou para excelente defesa de Iker Casillas. Na recarga, Hugo Almeida tentou cabecear para o fundo da baliza, mas o capitão espanhol opôs-se novamente, sacudindo com os punhos. Com esse lance, Portugal ganhou confiança e Cristiano Ronaldo teve, aos 28 minutos, o seu lance mais perigoso. Cobrou um livre directo para uma defesa apertada de Casillas, que deixou a bola escapar para a frente, todavia sem que nenhum português conseguisse aproveitar.

A primeira parte terminou com Portugal em alta e, depois de um lance no qual Simão surgiu isolado perante Casillas, Coentrão teve um bom cruzamento para a zona da marca de penalty, onde surgiu Tiago de rompante a cabecear ao lado. O segundo tempo trouxe uma Espanha mais acutilante, determinada em chegar ao golo o quanto antes, enquanto Portugal recuou no terreno com a entrada de Danny para o lugar de Hugo Almeida, que antes teve uma óptima iniciativa pela esquerda, passando em velocidade por Gerard Piqué e cruzando para Cristiano Ronaldo, com Carles Puyol quase a fazer autogolo, ao desviar com a coxa.

Espanha-Portugal

A Espanha acusou o toque e, antes de chegar ao golo, dispôs de duas ocasiões na qual esteve bastante perto de marcar. Aos 59 minutos, Sergio Ramos cruzou para a área, onde Fernando Llorente, que rendera Fernando Torres, surgiu sozinho a cabecear para uma defesa de Eduardo à queima-roupa. Dois minutos volvidos, Villa voltou a flectir da esquerda para a zona frontal, de onde rematou fazendo a bola passar perto do poste. Por fim, eis que, aos 63 minutos, chegou o golo que a Espanha viria a justificar por inteiro até final. Andrés Iniesta encontrou Xavi e tocou de calcanhar para Villa, que, entretanto, se escapara a Ricardo Costa, movimento após o qual rematou para uma primeira defesa de Eduardo, que nada pôde fazer para evitar a recarga do agora avançado do FC Barcelona, que assim se tornou no melhor marcador do Mundial.

Insatisfeita com o golo marcado, a Espanha continuou a carregar e só não marcou em mais duas ocasiões porque Eduardo brilhou a grande altura nas redes portuguesas. Aos 69 minutos, Sergio Ramos fintou Coentrão na direita e rematou cruzado para nova excelente defesa do número um do Sp. Braga. Aos 76 minutos, Villa quis bisar, de fora da área, mas Eduardo foi buscar a bola ao ângulo superior. Já nos instantes finais, Llorente também tentou chegar ao golo, mas o cabeceamento saiu torto.