Japão supera escandinavos e acompanha Holanda

Desilusão escandinava

A Dinamarca não conseguiu apurar-se para a fase a eliminar do Campeonato do Mundo, pela primeira vez à quarta participação na prova, ao perder por 3-1 frente ao Japão. Presente em todas as fases finais desde que se estreou em 1998, os asiáticos, que terminaram atrás da Holanda no Grupo F, tornaram-se na primeira equipa em 40 anos a marcar dois golos de livre directo no certame e vão defrontar o Paraguai nos oitavos-de-final.

Os nipónicos apenas precisavam de empatar o desafio de Rustenburg para seguirem em frente, ao contrário da formação de Morten Olsen, mas dispuseram de duas ocasiões soberanas consecutivas no minuto 13. Daisuke Matsui deu um ligeiro toque na bola após passe de Yoshito Okubo mas Thomas Sørensen defendeu por instinto com a perna direita, antes do capitão Makoto Hasebe, médio do VfLWolfsburg, errar por pouco o alvo num forte pontapé desferido dentro da área. O capitão dinamarquês Jon Dahl Tomasson atirou cruzado ao lado momentos antes do quarto-de-hora de jogo e, na resposta, aos 17 minutos, o conjunto de Takeshi Okada inaugurou a contenda. Keisuke Honda, médio do CSKA de Moscovo apontou um livre directo descaído para a direita apontado com o pé esquerdo e fez a bola entrar no lado contrário da baliza de Sørensen.

Yasuhito Endo (Japan)

Solicitado por Christian Poulsen, Tomasson não conseguiu desviar com êxito a bola de Eiji Kawashima e, em cima da meia-hora, os japoneses voltaram a facturar num livre directo frontal assinado por Yasuhito Endo com o pé direito, que fez o esférico passar por cima da barreira. Antes do intervalo, Kawashima defendeu um remate de Christian Poulsen e no contra-ataque que se seguiu Sørensen fez o mesmo à tentativa de Yüichi Komano.

A segunda parte começou com uma falha de Sørensen que quase proporcionou o terceiro golo ao Japão, num lance em que o guarda-redes do Stoke City deixou escapar para o poste um lançamento longo de Tulio Tanaka. Thomas Kahlenberg e Tomasson surgiram em boa posição na área, mas não conseguiram fazer mexer as redes de Kawashima, que depois defendeu o pontapé de longe de Jakob Poulsen e um livre de Daniel Agger. A Dinamarca bem tentou e depois de Nicklas Bendtner acertar na trave, reduziu finalmente a nove minutos do fim, através de Tomasson, na recarga a um penalty por si apontado e defendido por Kawashima. Ainda assim, de assinalar o feito do dianteiro do Feyenoord, autor do 52º tento na selecção, registo que igualou o máximo pertencente a Poul Nielsen. A três minutos do fim, Honda assistiu o suplente Shinji Okazaki para o terceiro do Japão.