Uma repetição da final do Euro2004. Foi essa a sensação de quem viu, esta noite, o Grécia-Argentina. Os gregos pareciam estar na posição dos argentinos na classificação do Grupo B, tal era a postura defensiva que adoptaram. Os helénicos chegaram a ter os onze elementos na grande área em lances de bola corrida e os sul-americanos só conseguiram mesmo quebrar essa muralha de bola parada com Demichelis a aproveitar ressaltos na área. A confirmação da vitória e do pleno argentino viria perto do fim, com Martín Palermo e marcar.
Diego Maradona poupou muitos jogadores e fez alinhar a sua segunda linha, que poderia muito bem ser primeira em qualquer outra selecção. Do habitual onze, apenas o guarda-redes Romero, Demichelis, Verón e Messi estavam dentro das quatro linhas quando soaram os hinos. Do jogo pouco se pode contar senão o único sentido que teve. E aí mesmo brilhou Tsorvas, o último homem da barreira defensiva grega e que só na parte final os argentinos conseguiram derrotar. O homem do Panathinaikos defendeu de forma vistosa e difícil remates de Verón, Agüero ou Maxi Rodríguez. Dos gregos pouco ou nada se via. O triplo pivô defensivo que tinham no meio-campo negava qualquer tipo de apoios ao abandonado Samaras. O único que o fazia a espaços, ou tentava, era o experiente Karagounis, claramente a alma dos europeus. Num desses apoios, o antigo jogador do Benfica lançou num passe longo o homem do Celtic de Glasgow que iniciou uma correria só travada por Demichelis.
Depois de o nulo se manter, Maradona lançou mais alguns jogadores pouco usados e outros muito rodados, casos de Di Maria. O jogo continuou com o trânsito que tinha marcado a primeira parte. Messi quase conseguia bater Tsorvas, mas o grego estava mesmo intransponível, ou parecia. Parecia e não era porque no lance seguinte de perigo, a albiceleste conseguiu mesmo marcar. Um canto bate nas pernas de Milito, que involuntariamente assiste Demichelis que, sem meias medidas atirou com raiva para o fundo das redes. A partir daí a Grécia desinibiu-se um pouco mais como se pedia, porque estava, a partir daí fora do Mundial, mas acabou por ser a Argentina a marcar, numa jogada em que Di Maria assistiu Messi para um remate que Tsorvas não conseguiu agarrar, sendo isso de pronto aproveitado por Martín Palermo para fixar o resultado final em 2-0 para grande euforia de Maradona no banco.
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