Inglaterra: Campeonato de pontas-de-lança

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Inglaterra parece ser um habitáculo muito desejado para pontas-de-lança de elevadíssima qualidade. É lá que se exibem jogadores como Wayne Rooney, Fernando Torres ou Didier Drogba. Mas a contagem não fica por aqui. Se percorrermos as equipas da Premier League concluímos que este campeonato está a rebentar pelas costuras em homens absolutamente letais. Qual o melhor? É uma pergunta à qual tentaremos responder.

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Wayne Rooney: Teima em puxar para si a maioria dos holofotes. E merece-o, de facto. O avançado do Manchester United é um dos motivos que faz os red devils estar em primeiro lugar por esta altura. Internacional inglês, Rooney ameaça quebrar o recorde de 42 golos de Cristiano Ronaldo numa só temporada. E desengane-se quem pensa que o 10 do United é aquele tipo de jogador que está na área esperando que as bolas venham ter com ele. Bem pelo contrário, Wayne Rooney é essencial para as manobras ofensivas dos campeões ingleses pelos espaços que é capaz de criar, o que permite a entrada de outros companheiros em zonas de finalização, pela sua mobilidade. Na selecção dos Três Leões será, porventura, uma das certezas que Fabio Capello tem para o Mundial da África do Sul. Ofuscado por Cristiano Ronaldo, não hesitou em reclamar o protagonismo, aquando a saída do português para o Real Madrid. E em boa hora o fez.

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Drogba: É um caso sério de estudo. A idade parece não passar por ele. Ao invés, o costa-marfinense parece, apesar de já estar na casa dos trinta, estar melhor a cada ano que passa. Um autêntico poço de força, o ponta-de-lança do Chelsea é poderosíssimo no jogo aéreo e nas movimentações dentro da área. Mas não pense o Leitor que Drogba resume a sua acção a "questões de área". O ex-Marselha também tem um disparo muito potente, que procura colocar em prática em remates de fora da área e em livres directos, entretanto já famosos. Percebe-se por que razão é um dos jogadores favoritos de José Mourinho. É que o africano precisa de pouco mais de três chances para fazer pelo menos um golo, num dia normal.

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Anelka: O internacional francês apareceu cedo na ribalta europeia e, desde então, a sua carreira já conheceu altos e baixos. Agora, no Chelsea, parece finalmente assumir-se como o grande ponta-de-lança que é. Na teoria muito mais posicional que o colega Drogba, a verdade é que o gaulês acaba por jogar muitas vezes nas alas, posicionando-se no meio quando os ataques se efectuam pelo lado contrário. E não faz nada mal as vezes de extremo. No entanto, é na área que se destaca. O FC Porto já sentiu, este ano, a sua eficácia. Das duas vezes que o Chelsea venceu os dragões pela margem mínima, foi Nicolas Anelka quem fez os golos. O seu principal "pecado" parece ser mesmo a irregularidade.

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Fernando Torres: "El Niño" chegou e assinou 36 golos. Um handicap tremendo na sua primeira época num clube como o Liverpool, num campeonato como o inglês. Se um defesa tem alguém de quem recear, Fernando Torres entra, seguramente nesse grupo restrito. O internacional espanhol - protagoniza, de resto, a dupla mais mortífera do Mundo com Villa, segundo a FifPro - gosta muito de pegar na bola à entrada da grande área e, graças a uma das suas famosas mudanças de direcções, deixar os defesas nas covas. E, quando tal acontece, dificilmente não resulta em golo. Apesar do físico invejável, é mesmo o seu jogo de pés e a sua velocidade de execução os pormenores que mais sobressaem no antigo jogador do Atlético. O jogo aéreo, não sendo péssimo, é o capítulo onde Torres tem mais para melhorar.

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Jermaine Defoe: Dos 5 pontas-de-lança até aqui mencionados é, seguramente, o menos mediático. Mas nem por isso pode ser menosprezado. Defoe é, à semelhança de Anelka, um jogador que conta já com alguns momentos bem apagados na sua carreira. No entanto, regressou ao Tottenham para se assumir como indiscutível com Harry Redknapp. E merece-o sem sombra de dúvida. O que lhe falta em altura sobra-lhe em velocidade e poder de explosão. Quem subestimar o internacional inglês arrisca-se a sair vexado do relvado. É que Defoe é extremamente perigoso quando arranca detrás para a frente. Além do mais, tem a capacidade de ser capaz de desencantar um remate para golo de onde o comum dos avançados não se atreveria sequer a tentar. É daqueles jogadores capazes de fazer o adepto pagar balúrdios para ir ao futebol. O elo mais fraco do seu jogo é a cabeça sem sombra de dúvida.

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Bendtner: Um valor futuro tremendo. Bendtner é, apesar da tenra idade, a principal referência de ataque do Arsenal desde a saída de Adebayor. E o dinamarquês parece não se estar a dar mal com o protagonismo. Marca, dá a marcar, decide os jogos. Será, ainda assim, o mais lento de todos os jogadores considerados. A sua técnica tem vindo a progredir claramente mas ainda deixa bastante a desejar atendendo às exigências atribuídas a uma equipa como os gunners. Não obstante, será, certamente, um dos melhores ponta-de-lanças do mundo num futuro próximo.

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Adebayor: O avançado togolês gerou grande controvérsia ao trocar o Arsenal pelo Manchester City. É um dos mais completos pontas-de-lança nas mais altas rotações. A sua movimentação na grande área é terrífica...para os defesas. É o primeiro elo atacante de ligação numa jogada de contra-ataque e consegue, na mesma jogada, aparecer a concretizá-la. Não tem quaisquer problemas em revelar o seu grande ego, mas a verdade é que as maravilhas que faz em campo, mais do que justificam essa predisposição.

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Carlos Tevez: À semelhança do companheiro de ataque do City, Adebayor, Carlitos Tévez também foi estrela no mercado de Verão, ao trocar de Manchesters - o United pelo City. Em nome de todos os jogadores que deixam tudo em campo, seria indesculpável não incluir o nome do internacional argentino nesta lista. O homem que é bem mais conhecido pelas suas qualidades do que pelas feições, é o complemento ideal a Adebayor. É o primeiro a defender e o primeiro a lançar contra-ataques se necessário. Qualquer central "lento de rins" deverá preferir não jogar contra o internacional pela albiceleste. Tévez não é um jogador para marcar, tal não é possível. Tévez deve ser vigiado com a mesma inteligência com que o 32 dos citizens joga. E será muita.


Dos oito atletas considerados, a nossa escolha recai em Wayne Rooney pelas razões enunciadas. E a tua?