Um sportinguista ama o Verde – Mais um jogo para sofrer. Eis o Sporting (VIII)
Silêncio, silêncio e mais silêncio. Eis o que o nosso Sporting deixou em todos nós que acreditamos na nossa equipa. Podemos encontrar todas as razões e mais alguma ou procurar culpados para esta situação e até apresentar as nossas soluções de “treinador de bancada” ou “maestro da Ccurva”, neste momento só interessa ser solidário, dar os braços com a equipa e confiar que depois do Inverno vem sempre a Primavera. Não adianta culpabilizar tudo e todos porque, no fundo, as seis vitórias consecutivas acontecerem e ninguém pode esquecer esses momentos como os melhores da época que atravessamos. Não há como esquecer esses momentos em que acreditamos que conseguíamos recuperar alguma coisa dos resultados perdidos. As derrotas foram muito pesadas, e já passaram. Valeu hoje o penalty bem cavado pelo Levezinho que nos abriu as portas da esperança na única competição onde ainda contamos para alguma coisa.
Poderemos tirar todas as conclusões no final da época sobre o que conseguimos ou não fazer. É claro que tudo foi sendo remediado e mal gerido em termos de timings e com as devidas consequências para o que se passou em campo durante toda a época. Presidente anterior com tabu na reeleição, presidente novo com tabu e sem tempo de perceber como se prepara uma época, até despediu alguém que vai dirigir um outro Sporting e obtém resultados… Dpois veio o drama do treinador fora de prazo, até que ele saiu pelo seu próprio pé. Sai um treinador e vem um novo a prazo com a espada de Damócles dos resultados sobre a cabeça. Enfim, eis o Sporting um clube que se arrisca a sair, esta temporada, do grupo dos três grandes abrindo caminho para outro Sporting desta feita vindo do Minho que com humildade e vontade de jogar futebol, nos recorda que o futebol é o jogo onde antes da pessoa realizada como jogador existe a equipa para carregar aos ombros de cada um de nós.
Há que perceber como tudo correu mal, ter a humildade de chamar à gestão alguém que perceba mesmo de futebol (alguém se lembra do último Duque?), disciplinar o balneário, criar uma equipa coesa e que não passe o tempo a lateralizar jogo, que se responsabilize por defender como equipa sem deixar o trabalho defensivo exclusivamente para os centrais, que seja solidária como um grupo e não cheia de individualidades. Já agora, um comentário, parece-me louvável que o Carlos Carvalhal tente colocar a equipa a jogar noutro sistema táctico mas, por favor, procure laterais e extremos que joguem a sério, jogadores que ataquem com pulmão para defender e corram a fazer as recuperações de bola. Acima de tudo não façam fita a pedir mais jogadores (treinador, administradores, adeptos e presidente) inventando mais dívidas para o clube, não são poucos que resolvem o problema.
Dêm tempo aos jogadores da cantera para crescerem ou emprestem-nos a equipas que os possam fazer homens e depois aproveitem-nos ao serviço de quem os formou, o Sporting. É impossível viver o clima de instabilidade permanente que a equipa tem em termos de objectivos, inatingíveis, tal é a sua distância para a realidade, não dando tempo para que um treinador mostre o que vale. Não há quem consiga construir a sua equipa ao serviço do Sporting. É preferível que baixemos as expectativas e sem ter a “faca apontada” dos resultados. É só ver um pouco a qualidade de jogo da nossa equipa para percebermos que não será à força de lhes pedir resultados que os jogadores vão melhorar a sua prestação. Base zero, coloque-se tudo em causa e procuremos uma forma de perceber o que queremos fazer, verdadeiramente, uma equipa com futuro num clube com visão. Ou mantemos a política de dar azo a qualquer arrivista, sem conhecimentos de gestão desportiva que se candidata a presidente, é pago a peso de ouro, e não consegue mostrar qualquer empenho nos resultados que se obtêm. Ao fim e ao cabo, está tudo bem pelo menos no bolso de cada um dos dirigentes da nossa equipa. E se fossem remunerados pelos resultados desportivos, se não o todo pelo menos uma parte, talvez lhes fizesse perceber melhoro caminho. Conduzir jogadores de futebol como jogar a batalha naval não aproveita a ninguém, muito menos a uma equipa que quer ganhar todas as competições em que participa, viu-se… o resultado na esquadra dos resultados já só resta um submarino.
E no fundo o quarto lugar é muito pouco para tanto investimento, tanto sacrifício, tantas expectativas. De certeza que se pode fazer melhor, para o ano, esta época pior é impossível, 20 pontos para o primeiro classificado (sim o Braga, porque os benfiquistas para andaram na frente umas semanas até arranjam a antecipar um jogo, Record e Bola quanto deveis estar agradecidos aos nossos vizinhos da segunda circular).
Até de hoje a quinze dias, com mais uma eliminatória da Liga Europa ultrapassada, sim… eu confio que vamos passar.
1 comentários:
com esta direcção não vamos a lado nenhum... esta época já foi ao ar. agora é manter o quarto lugar e garantir o acesso à Liga Europa. E depois fazer uma grande limpeza de Primaver lá dentro. Isto não pode continuar assim