Em jeito de brincadeira infantil poderia terminar o post como foi o jogo: “vitória, vitória… e acabou a história”…
…mas não… o Porto venceu com mérito e justiça, no entanto, nada foi feito em termos de sistema e processo de jogo para atenuar as dificuldades em jogar bem e com eficácia.
Quero salientar a diferença entre vitória com mérito e com justiça: justiça, porque a arbitragem quase alterava o rumo do marcador não fosse a perca do Falcão, num lance em que o Fucile cava um penalti “à-lá-Aimar” (podia ser à-lá-Saviola, Di Maria ou Liedson); mérito, porque o Porto, dentro das armas (jogadores, táctica e estratégia) que tem, fez tudo ao seu alcance para vencer.
O Rio Ave foi uma equipa organizada a defender e a sair, mas nunca chegou à área de Beto com perigo, à excepção do lance do golo, onde não podia ter sido dada tanta liberdade para cruzar a bola e onde não poderia ser dada tanta liberdade ao João Tomás.
Quero realçar, mesmo que o resultado fosse outro, que a equipa esteve empenhada, concentrada, determinada e nunca embarcou em disparates, mesmo quando necessitava de chegar ao golo… tentaram sempre um jogo mais apoiado, sem chuveirinho, nem correrias desenfreada. A atitude foi o melhor que mostramos!
Conseguimos o golo após várias tentativas e lances de clara oportunidade perdidos… Além dos habituais défices sistémicos do Porto, a crise tem um nome: Finalização. Somos a equipa mais rematadora da Champ’s e da Liga, no entanto, temos um índice de aproveitamento baixíssimo.
O Beto parece ter agarrado o lugar. Esteve bem e com pouco trabalho. Não gosto, nem percebo como um titular indiscutível passa de um momento para o outro para a bancada… mas já me vou habituando!
Os centrais estiveram medianos para o pouco trabalho que houve. A falha na marcação ao J. Tomás foi grave e demasiado óbvia, basta reparar quem está a marcar o avançado!
Os laterais, estiveram ambos muito bem. O Fucile com falta de ritmo a compensar com a habitual entrega, e o Alvaro com a disponibilidade física de sempre e desta vez bastante assertivo da linha de meio-campo para diante.
O Fernando esteve bem… surgem agora (e sempre) aqueles que pensam que o Fernando deve sair da equipa porque não sabe sair a jogar, mas o Costinha também não sabia, nem tão pouco o P. Assunção. É necessário libertar os outros do Maio campo para essas tarefas e isso é que o Jesualdo não tem feito.
Meireles, demonstrou que está a subir de forma… efeito dos estranhos elogios de Drogba!? Não sei o que viu ele que nós não tenhamos já viso muito melhor!
Belluschi foi o melhor enquanto esteve em campo e melhorou sempre que se aproximou do ataque… parece que afinal o Jesualdo vai chegar ao Natal a perceber que o argentino tem que jogar sempre. Tem que lhe ser dada total confiança, para evoluir como 10 e ser o patrão da equipa.
Rodriguez… sempre bem enquanto teve fôlego, com boa entrega, mas evidente falta de ritmo. Não pecou e ajudou.
Hulk esteve mediano enquanto fez o que o treinador lhe pediu. Sempre que derivou para o meio melhorou bastante… o que resultou no golo! Para mim o hulk tem que jogar solto no meio, a criar tabelas, a buscar mais à frente, em lance individual… de frente para a baliza e para o ponta de lança.
E porque falo em ponta de lança, falo naquilo que o Falcão não foi! Esteve demasiado recuado, por o Jesualdo assim quis… porque o Belluschi também o esteve e porque teve que vir buscar jogo… desgastou-se, desposicionou-se e ainda por cima não teve clarividência para concretizar. Houve lances em que recuou, entregou bem e depois não havia ninguém na área para ir ao cruzamento.
Do lado direito, falo apenas de Varela, pois de facto esse lado só existiu com Varela… tem que jogar.
O Jesualdo tem que mudar a sua teimosia no 4-3-3… o Porto não tem jogadores para o 4-3-3. Como é que se concilia o Varela, o Hulk, o Belluschi! Só num 4-4-2, com Falcão e Hulk no meio, Varela e Rodriguez, nos vértices laterais do losango, Belluschi e Fernando/Meireles no meio. Para estes jogos mais amarrados tem que ser!
…mas não… o Porto venceu com mérito e justiça, no entanto, nada foi feito em termos de sistema e processo de jogo para atenuar as dificuldades em jogar bem e com eficácia.
Quero salientar a diferença entre vitória com mérito e com justiça: justiça, porque a arbitragem quase alterava o rumo do marcador não fosse a perca do Falcão, num lance em que o Fucile cava um penalti “à-lá-Aimar” (podia ser à-lá-Saviola, Di Maria ou Liedson); mérito, porque o Porto, dentro das armas (jogadores, táctica e estratégia) que tem, fez tudo ao seu alcance para vencer.
O Rio Ave foi uma equipa organizada a defender e a sair, mas nunca chegou à área de Beto com perigo, à excepção do lance do golo, onde não podia ter sido dada tanta liberdade para cruzar a bola e onde não poderia ser dada tanta liberdade ao João Tomás.
Quero realçar, mesmo que o resultado fosse outro, que a equipa esteve empenhada, concentrada, determinada e nunca embarcou em disparates, mesmo quando necessitava de chegar ao golo… tentaram sempre um jogo mais apoiado, sem chuveirinho, nem correrias desenfreada. A atitude foi o melhor que mostramos!
Conseguimos o golo após várias tentativas e lances de clara oportunidade perdidos… Além dos habituais défices sistémicos do Porto, a crise tem um nome: Finalização. Somos a equipa mais rematadora da Champ’s e da Liga, no entanto, temos um índice de aproveitamento baixíssimo.
O Beto parece ter agarrado o lugar. Esteve bem e com pouco trabalho. Não gosto, nem percebo como um titular indiscutível passa de um momento para o outro para a bancada… mas já me vou habituando!
Os centrais estiveram medianos para o pouco trabalho que houve. A falha na marcação ao J. Tomás foi grave e demasiado óbvia, basta reparar quem está a marcar o avançado!
Os laterais, estiveram ambos muito bem. O Fucile com falta de ritmo a compensar com a habitual entrega, e o Alvaro com a disponibilidade física de sempre e desta vez bastante assertivo da linha de meio-campo para diante.
O Fernando esteve bem… surgem agora (e sempre) aqueles que pensam que o Fernando deve sair da equipa porque não sabe sair a jogar, mas o Costinha também não sabia, nem tão pouco o P. Assunção. É necessário libertar os outros do Maio campo para essas tarefas e isso é que o Jesualdo não tem feito.
Meireles, demonstrou que está a subir de forma… efeito dos estranhos elogios de Drogba!? Não sei o que viu ele que nós não tenhamos já viso muito melhor!
Belluschi foi o melhor enquanto esteve em campo e melhorou sempre que se aproximou do ataque… parece que afinal o Jesualdo vai chegar ao Natal a perceber que o argentino tem que jogar sempre. Tem que lhe ser dada total confiança, para evoluir como 10 e ser o patrão da equipa.
Rodriguez… sempre bem enquanto teve fôlego, com boa entrega, mas evidente falta de ritmo. Não pecou e ajudou.
Hulk esteve mediano enquanto fez o que o treinador lhe pediu. Sempre que derivou para o meio melhorou bastante… o que resultou no golo! Para mim o hulk tem que jogar solto no meio, a criar tabelas, a buscar mais à frente, em lance individual… de frente para a baliza e para o ponta de lança.
E porque falo em ponta de lança, falo naquilo que o Falcão não foi! Esteve demasiado recuado, por o Jesualdo assim quis… porque o Belluschi também o esteve e porque teve que vir buscar jogo… desgastou-se, desposicionou-se e ainda por cima não teve clarividência para concretizar. Houve lances em que recuou, entregou bem e depois não havia ninguém na área para ir ao cruzamento.
Do lado direito, falo apenas de Varela, pois de facto esse lado só existiu com Varela… tem que jogar.
O Jesualdo tem que mudar a sua teimosia no 4-3-3… o Porto não tem jogadores para o 4-3-3. Como é que se concilia o Varela, o Hulk, o Belluschi! Só num 4-4-2, com Falcão e Hulk no meio, Varela e Rodriguez, nos vértices laterais do losango, Belluschi e Fernando/Meireles no meio. Para estes jogos mais amarrados tem que ser!
Texto de Nuno da Silva para o Negócios do Futebol
7 comentários:
volto a dizer, a partir do momento em que o porto souber ser mais eficaz, as vitórias surgirão com muito mais facilidade.
o porto que comece a jogar em 4-4-2
Beto
Fucile
Alvaro Pereira
Bruno Alves
Rolando
---
Rodríguez
Varela
Meireles
Belluschi
-----
Hulk
Falcao
isso é tudo muito bonito, mas prescindiam de um trinco ? é que parecendo que não há uma certa diferença estando o fernando em campo ...
O problema do porto não está no actual 4-3-3. O ponto forte da equipa são os extremos, é apenas natural que se jogue neste esquema. Agora concordo que talvez sejam necessárias alternativas mais trabalhadas do que esta espécie de 4-2-4 em que o porto joga quando as coisas não estão da melhor forma
Tal como já disseram, bastaria ao Porto finalizar com mais eficácia para golear, a verdade é tão simples quanto isso. Por outro lado, em jogos mais difíceis como com o Chelsea, a capacidade de aproveitar melhor as ocasiões provavelmente teria dado a vitória ao Porto sobre uma equipa que actualmente é das melhores a nível europeu. Basta ver como foi difícil (e não merecido) marcar-nos um golo, e neste fim-de-semana como foi simples resolver a questão com o Arsenal.
o Porto é de facto forte nos extremos... no entanto, já assistimos por várias vezes o Rodriguez a jogar como médio, e ainda com o Chelsea o Varela fez o mesmo!
Como eu disse, independentemente do modelo ou táctica. O problema principal é a finalização... até porque com melhor ou bom futebol, o Porto tem criado e desperdiçado oportunidades sificientes para resolver metade dos jogos que correram mal!
Agora a solução do 4-4-2 losango, com meireles a 6 é perfeitamente válida para estas equipas com lícitos e justificados maiores cuidados defensivos no Dragão.
Nao sabemos até que ponto os extremos do Porto reagiriam bem a posições de médios laterais, pode parecer o mesmo mas passam a ter necessidade de se conter muito mais, de fechar espaços, de subir mas sempre sem exagerar. Isso faz com que se perca algum poder de explosão, principalmente com jogadores como Varela, que têm o seu ponto forte na corrida em velocidade.