Terão durado muito pouco tempo as saudades dos adeptos bracarenses do virtuosismo que Pizzi estava a emanar na equipa arsenalista. De pronto apareceu o substituto: Hélder Barbosa, o avançado que vai aproveitando as saídas e lesões para reclamar, com toda a justiça, sempre um lugar no onze mais contínuo. Poderá bem ser agora esse momento. Depois de um golo magistral em Berna contra o Young Boys, a meio da última semana, importante para colocar o Braga na fase de grupos da Liga Europa, o antigo internacional sub-21 português resolveu o jogo no Bonfim, já perto do final.
O Braga teve algumas dificuldades para impor, num campo tradicionalmente difícil, o seu favoritismo teórico. O Setúbal foi a equipa que sempre é em casa: unida, experiente, "matreira" e incapaz de desistir. Os sadinos, porém, não terão começado o jogo a perder, mas quase. É que João Silva foi chamado à seleção à última hora e não pode dar o seu contributo à sua equipa. Nos minhotos, Quim também esteve de fora, pelo mesmo motivo, mas foi melhor substituído por Berni do que a troca João Silva/Henrique. Leonardo Jardim retirou Leandro Salino do onze e lançou Márcio Mossoró. Logo nos primeiros minutos, o brasileiro, bem quente já, atirou para defesa apertada de Diego. No seguimento do canto, Miguelito desviou em cima da linha de golo um cabeceamento de Alan que levava selo de golo, tendo a bola embatido na trave ainda.
Começava mais acutilante o Sporting de Braga, mas o Setúbal equilibrou as coisas onde tinha mais argumentos para isso: o meio-campo, até porque no ataque morava um ponta-de-lança - Henrique - que não era para lá estar por dois motivos: a já mencionada preponderância de João Silva no Setúbal e a efetiva falta de qualidade do brasileiro. Antes do final da primeira parte, tempo ainda para um remate feito a meias por Barbosa e Ricardo Silva, com o desvio que a bola sofreu no central do Setúbal a enviar a bola à barra.
O segundo tempo foi mais desértico em termos de oportunidades. Do lado dos da casa era Pitbull quem assumia o jogo ofensivo da equipa e o brasileiro era muito pouco para a equipa bracarense inteira que, por sua vez, tentava puxar dos galões para galgar o terreno adversário. Efeito tímido. Ainda assim eram os "Guerreiros" quem demonstrava a maior intenção de chegar à vitória e o seu esforço foi premiado, já perto do fim, quando Hélder Barbosa teve uma boa iniciativa individual antes de enviar um bilhete que levou um efeito estranho e que só parou no fundo das redes da baliza de Diego. Vitória que acaba por ser justa para os homens de Leonardo Jardim, sem dúvida mais equipa do que o Vitória.
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