Hulkamania


Hulk voltou a ser decisivo, o que se vem tornando uma constante esta temporada. O internacional brasileiro apontou o seu 17º golo na Liga Portuguesa e, mais importante certamente, deu a vitória à sua equipa. Num jogo de muita paciência, teve de ser de penalty que o Porto conseguiu os três pontos, neste seu regresso às origens, ou não fosse Aveiro sinónimo de primeiro título na carreira de André Villas-Boas, o primeiro com o Porto.

O treinador portista deu continuidade à aposta em James, Emídio Rafael e Fernando, colocando também Hulk a jogar no centro do ataque. Como vem sendo imagem de marca, o Beira-Mar apresentou-se com grande sentido de posicionamento, sem praticamente cometer erros e envolvendo o Porto numa teia minuciosamente montada para que os "dragões" não criassem perigo. Só que o tridente ofensivo dos "azuis-e-brancos" começou a movimentar-se e isso baralhou os aveirenses. Ou a falta de pontaria de James, Hulk e Varela, ou Rui Rego iam adiando algo que parecia estar próximo, o golo portista. Mas isso não desorientava, de facto, a equipa de Leonardo Jardim, impenetrável. Ainda assim, há que ressalvar que ofensivamente, o Beira-Mar da primeira parte apenas teve dois lances fugazes para tentar bater Helton. E errou. André Marques cometeu grande penalidade sobre Hulk. Chamado a converter, o "Incrível" fez o único golo do encontro.

Leonardo Jardim, vendo a sua equipa apática, aumentou-lhe o poder de fogo para a segunda parte. E os auri-negros até abriram mais o jogo, mas era sempre na sua baliza que se criavam os lances de maior perigo. James e Cristián Rodríguez - que regressou à competição - podiam ter marcado o segundo. O apito final chegou e o Porto cumpriu o seu dever, deixando o Benfica mais uma jornada a oito pontos.