Simão Sabrosa renuncia à selecção nacional


Simão Sabrosa renunciou, esta sexta-feira, à selecção nacional portuguesa. O extremo, de 30 anos, jogador do Atl. Madrid, comunicou a sua decisão via carta endereçada a Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

No documento, Simão Sabrosa explica que, "em virtude de motivos de ordem pessoal, não poderei estar disponível para representar oficialmente, e como jogador profissional, a Selecção Nacional de Futebol". "Após uma profunda reflexão, acredito que chegou o momento de colocar um termo à minha presença enquanto jogador profissional a representar a nossa Selecção dentro de campo, dando assim espaço também a que novos valores possam fazer o seu percurso de sucesso, tal como também a mim no passado me foi dada essa oportunidade", lê-se na carta. A concluir, o avançado mostra-se, ainda, "agradecido a todos com quem vivi os meus momentos na Selecção Portuguesa de Futebol, designadamente, colegas, médicos, massagistas, seleccionadores, treinadores, corpo técnico e dirigentes, por todo o apoio, formação, experiência e conduta que me transmitiram e que partilharam comigo ao longo de todos estes anos".

Gilberto Madaíl, de resto, já reagiu, através do site oficial da FPF, à decisão de Simão Sabrosa, afirmando-se "emocionado ao ler a carta que o Simão me enviou. Lamento a decisão mas tenho, naturalmente, que aceitá-la, respeitando os motivos invocados, para além de registar com agrado as suas palavras de apoio". Ao serviço da equipa «AA» das "quinas", Simão Sabrosa assinou um registo de 85 internacionalizações - sete delas como «capitão» -, tendo apontado 22 golos.

"Exmo. Senhor Presidente,
Dr. Gilberto Madaíl,

Venho, pelo presente, e formalmente, comunicar junto de V.Exa. que, a partir desta data, e em virtude de motivos de ordem pessoal, não poderei estar disponível para representar oficialmente, e como jogador profissional, a Selecção Nacional de Futebol.

Na verdade, e após uma profunda reflexão, acredito que chegou o momento de colocar um termo à minha presença enquanto jogador profissional a representar a nossa Selecção dentro de campo, dando assim espaço também a que novos valores possam fazer o seu percurso de sucesso, tal como também a mim no passado me foi dada essa oportunidade.

Recordo ainda hoje com muito orgulho o dia em que, com 15 anos, representei Portugal pela primeira vez, e desde essa data outros fantásticos momentos como ter sido Campeão Europeu de Sub16, a minha primeira internacionalização A contra Israel jogo em que marquei também um golo, ter sido Vice-Campeão Europeu em 2004 naquele que foi considerado o melhor Europeu de sempre e organizado pelo nosso País, bem como ainda o Mundial de 2006 em que vivi os melhores momentos que jamais esquecerei.

Foi uma tremenda honra e prazer vestir a camisola da Selecção Nacional e representar e servir Portugal durante todos estes anos, e estou extremamente orgulhoso por ter feito parte de equipas tão extraordinárias que conquistaram tantas vitórias neste mundo do futebol.

Estou igualmente agradecido a todos com quem vivi os meus momentos na Selecção Portuguesa de Futebol, designadamente, colegas, médicos, massagistas, seleccionadores, treinadores, corpo técnico e dirigentes, por todo o apoio, formação, experiência e conduta que me transmitiram e que partilharam comigo ao longo de todos estes anos.

Aproveito esta oportunidade para partilhar que continuarei sempre a apoiar a Selecção de todos nós fora das quatro linhas, e ainda para desejar a todos os maiores sucessos futuros".